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Arciprestado de Vila Nova de Famalicão | 19 Mar 2019
“Conversão” na relação com a natureza
A partir da Mensagem do Papa para esta Quaresma...
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O Papa Francisco, na sua Mensagem para a Quaresma/2019, faz um apelo à “conversão” na relação da humanidade com a natureza, praticando estilos de vida mais solidários e ecológicos.

O Santo Padre faz a sua reflexão a partir de uma passagem da Carta de S. Paulo aos Romanos: “A criação encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus (Rm 8,19).

Lembra-nos o Papa que o mistério de salvação já concretizado no mistério pascal de Cristo também abrange a história e toda a criação.

A redenção da criação

O Papa Francisco recorda-nos que quando vivemos como filhos de Deus e sabemos reconhecer e praticar a lei de Deus, gravada no nosso coração e na natureza, beneficiamos também a criação e cooperamos para a sua redenção.

A força destruidora do pecado

O Santo Padre também nos lembra que quando não vivemos como filhos de Deus, somos capazes de adoptar comportamentos destruidores do próximo, das outras criaturas e de nós mesmos.

E o Papa conclui: “Se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, é claro que acaba por se impor a lógica do tudo e imediatamente, do possuir cada vez mais”.

O pecado, causa de todo o mal

O Santo Padre recorda: “a causa de todo o mal é o pecado, que, desde a sua aparição no meio dos homens, interrompeu a comunhão com Deus, com os outros e com a criação, à qual nos encontramos ligados antes de mais nada através do nosso corpo. Rompendo-se a comunhão com Deus, acabou por falir também a relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto (cf. Gn 3, 17-18). Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros”.

A lei do mais forte…

O Papa Francisco lembra: “quando se abandona a lei de Deus, a lei do amor, acaba por se afirmar a lei do mais forte sobre o mais fraco. O pecado – que habita no coração do homem (cf. Mc 7, 20-23), manifestando-se como avidez, ambição desmedida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas vezes também do próprio – leva à exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um direito e que, mais cedo ou mais tarde, acabará por destruir inclusive quem está dominado por ela”.

A Quaresma, sinal sacramental

Recorda-nos o Santo Padre que a conversão é sair “da escravidão da corrupção para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8,21). “A Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola”.

Jejuar, orar e dar esmola

O Papa Francisco concretiza como viver o jejum, a oração e a esmola.

“Jejuar, isto é, aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de «devorar» tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração. Orar, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia. Dar esmola, para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence”.

Aproveitemos este tempo favorável

Finalmente, o Santo Padre faz-nos um pedido: “Não deixemos que passe em vão este tempo favorável! Peçamos a Deus que nos ajude a realizar um caminho de verdadeira conversão. Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais. Assim, acolhendo na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a criação a sua força transformadora”.

Resumo do Padre Manuel Joaquim Carvalho Fernandes

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