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DACS | Fotografia: Apostolado Mundial de Fátima | 13 Out 2016
D. Pietro Parolin em Fátima: Como Maria, nunca duvidar de Deus!
Cardeal presidiu à a última grande peregrinação internacional antes de 13 de Maio de 2017, data em que se comemora o centenário das Aparições e o Santuário recebe a visita do Papa.
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O Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, encontra-se a presidir à peregrinação internacional aniversária de Fátima, comemorada a 12 e 13 de Outubro. Esta peregrinação assinala a sexta aparição aos pastorinhos e tem como tema “Quem perder a sua vida… Salvá-la-á”.

Na homilia da eucaristia conclusiva da peregrinação internacional a que presidiu hoje, pelas 10h00, D. Pietro Parolin começou por dizer que saber estar ao pé do Crucificado e partilhar a Sua Cruz constituem "a síntese da vida e da mensagem de Jesus".

“Se quisermos aprender a estar ao pé do Crucificado, podemos e devemos olhar para Maria, podemos e devemos acolher Maria como Mãe, isto é, como mulher que educa para a verdadeira opção da fé em Cristo através da partilha da sua experiência de discípula e de crente.”

 

Não basta estar; temos de aprender a estar com o Crucificado, como Maria e João, o discípulo. Na verdade, pode-se estar ao pé do Crucificado como mero espectador, movido apenas pelo desejo de ver o que sucederá. Pode-se estar ao pé do Crucificado como contestador, movido pela recusa de tudo o que provocou aquela cruz. Pode-se estar ao pé do Crucificado como desiludido, sem esperança, convencido de que nunca vai mudar nada e de que a própria mudança é uma trágica ilusão. Pode-se estar ao pé do Crucificado como ressentido, com a sensação de ter sido traído por Aquele em quem se depôs confiança. Como se pode também decidir não estar ao pé do Crucificado, fugindo e escondendo-se à espera de tempos melhores. Por isso não basta estar; temos de aprender a estar lá como se deve, explicou o Cardeal, adiantando que é Maria, Mãe de Jesus, que pode ensinar aos cristãos a ciência modelada pela sabedoria que vem do Alto.

Fotografia: EPA/Paulo Cunha

O Secretário de Estado do Vaticano afirmou que querer estar ao pé do Crucificado significa acolher Maria como Mãe, como mulher que educa para a verdadeira opção da fé em Cristo através da partilha da sua experiência de discípula e de crente que nunca duvidou do Senhor.

Ao pé do Crucificado, está disposta a atravessar uma das contradições mais dolorosas que uma mulher possa viver: a morte do seu próprio Filho; uma morte ainda mais gravosa, porque resultante da maldade dos outros. E a morte injusta e violenta do Filho é, para Maria, uma contradição que se vem juntar a outra que já A acompanhava há algum tempo, ou seja, a viuvez. Já privada da pessoa, da presença e da companhia do José, vê-Se agora privada também do Filho, Jesus, acrescentou.

Pietro Parolin lembrou que é neste tipo de momentos que as pessoas têm a tendência de se fechar a tudo, até a Deus. Não foi o que aconteceu com Maria, que perante tão doloroso momento optou por dilatar-se e pensar antes no amor ao próximo. Foi este amor e a recusa de Maria a submeter-se às regras dos fortes e poderosos – aqueles que apenas se amam a si mesmos  que lhe permitiu quebrar as regras e aproximar-se do Crucificado.

“Possa esta Liturgia, que nos une ao olhar do Crucificado Ressuscitado, fazer de nós construtores pacientes duma Igreja que anuncia o Evangelho não obstante as contradições e os lados obscuros da vida; antes, dentro deles.”

 

“Irmãs e irmãos muito amados, no olhar do Crucificado, encontramos Maria como Mãe da Igreja, como nossa Mãe. No olhar do Crucificado, Maria Santíssima vem ao nosso encontro com o seu «coração dilatado» pelo amor do próximo e a coragem da fraqueza. No olhar do Crucificado, a Igreja, como o discípulo amado e Maria de Magdala, é convidada a saber estar ao pé d’Ele, cultivando as mesmas atitudes”, explicou.

O Cardeal concluiu a homilia pedindo aos milhares de fiéis que o escutavam na Cova da Iria para serem construtores pacientes de uma Igreja que anuncia o Evangelho não obstante as contradições e os lados obscuros da vida, antes até perante eles.

Esta foi a última grande peregrinação internacional antes de 13 de Maio de 2017, dia em que se comemora o centenário das aparições e que o Santuário de Fátima recebe a visita do Papa, segundo anunciou o Santo Padre.

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