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D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga | 30 Mar 2004
Saudação no Centenário do Nascimento da Venerável Alexandrina de Balasar
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Gratidão a Deus e compromisso eclesial no centenário do nascimento da Beata Alexandrina de Balasar É-me grato, neste momento, saudar Sua Ex.cia Rev.ma D. Alfio Rapisarda, Digno Núncio Apostólico. Saudando-o expresso a alegria da comunidade Diocesana em o receber, pela primeira vez – que não será a última -, e aproveito o ensejo de expressar a mais profunda comunhão eclesial a Sua Santidade o Papa. Somos uma Arquidiocese com uma longa história de fidelidade. Queremos continuar a crescer nesta comunhão «afectiva e efectiva». A presença de V. Ex.cia Rev.ma vai tornar mais expressiva a alegria da Igreja – e agora já não me refiro só à Arquidiocese de Braga – em poder celebrar o centenário do nascimento da Venerável Alexandrina que o Santo Padre beatificará, na Praça de S. Pedro, no dia 25 de Abril. Impressiona esta coincidência do Centenário com a Beatificação. As mãos de Deus continuam presentes na história da Sua Igreja. A Eucaristia será de acção de graças pelo dom da Vida da Venerável Alexandrina mas, sobretudo, gostaria que se tornasse numa proposta e num apelo. A Igreja é Santa na sua dinâmica interna. Deve-o ser em todos os seus membros e o que temos para oferecer, a um mundo que parece saciado de tudo, é este testemunho duma vida marcada pelo divino. Este convite universal à Santidade, que emanará daqui, deve recentralizar a sua essência. Na verdade, o passado ofereceu-nos um tipo ou modelo de santidade moralizante alicerçada no “temos de” fazer ou evitar um código de normas e preceitos numa aliança exigente com um ascetismo rigoroso. Tudo conduzia a ver a santidade como privilégio de poucos e caminho de duro acesso. É chegada a hora de passar a conceber a santidade na linha do ser cristão como discípulo de Deus Amor. Trata-se de redescobrir a alegria dum caminho aberto a todos, centralizado na experiência de Deus e onde Ele toma a iniciativa. É Ele que me chama. Não impõe. É Ele que me faz Santo se encontra disponibilidade e doçura às orientações do Espírito. O Santo não é o “especial”. É homem ou mulher, em qualquer estado ou tipo de vida, que, no quotidiano, adere à vontade de Deus. Vive-se aqui e agora, nas alegrias e dramas do mundo contemporâneo, deixando-se agir no Espírito e protagonizando uma Santa Viagem de quem recomeça, sempre, na aventura de responder a Quem o amou e ama em primeiro lugar. Que esta celebração ecoe na Arquidiocese e na Igreja como uma proclamação solene da Santidade como dever e quase estatuto normal do cristão. Que aconteça uma «Santidade de Povo» que nos leva a pensar na sua «ordinaridade» ou seja numa coerência com o Evangelho no quotidiano: nas famílias, nas ocupações de trabalho, nas relações com os outros. «É no ordinário que se deve viver o extraordinário» de tal maneira que a medida da vida se situe no «alto», ou seja, na alegria de atingir «a plena maturidade de Cristo» (cf. Ef. 4, 13). Por outro lado, teremos de, a partir de agora, aceitar algo de novo. A Alexandrina Maria da Costa já não é só de Balasar ou da Arquidiocese de Braga. Ela pertence à Igreja universal e a nós – Paróquia e Arquidiocese – compete-nos a obrigação de a conhecer para a tornar conhecida. A minha acção de graças, como Arcebispo, torna-se uma prece para que a sua intercessão, junto de Deus, nos dê força e coragem para aqui testemunhar: 1. Uma centralidade da Eucaristia, como fonte de vida nova e capacidade renovadora da sociedade, imitando-a no amor que ela lhe dedicou; 2. Se ela soube acolher milhares de pessoas a quem transmitia um aconselhamento sapiencial, ousemos manifestar uma Igreja mais contemplativa e sedenta da Palavra, criando espaços de acolhimento e formação para quem nos procura; 3. Se a sua experiência mística passou pelo sofrimento abraçado e amado, sejamos um sinal duma Igreja que se apaixona pelos doentes e a todos oferece uma presença e um consolo, como continuação do amor de Cristo a quem sofre. A Paróquia e a Arquidiocese não podem defraudar quem nos procurará e isto exige compromisso de todos para oferecer a espiritualidade que a Beata Alexandrina viveu, para proporcionar condições duma acolhimento – Humano e cristão – condigno e para permitir um acesso rodoviário mais fácil. Vivamos esta Eucaristia com a alegria das grandes festas e com a responsabilidade dos eventos históricos Balasar, 30.03.2004 + Jorge Ortiga, A.P.
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