XVIII DOMINGO COMUM, ANO C

Valorizar o que é essencial, em detrimento do que é efémero: «Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto». Tudo o resto é ‘vaidade’, afirma o sábio do terceiro século antes de Cristo: «vaidade das vaidades: tudo é vaidade». Diz o Mestre a todos os que o escutam, ontem e hoje: «A vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens». Palavras de sabedoria e de respeito pelo ser humano. Uma única riqueza é importante: a do amor e da vida que se recebe de Deus para ser partilhada com os outros. Peçamos a Deus que nos sacie com a sua bondade para «chegarmos à sabedoria do coração». Por outras palavras, trata-se de nos revestirmos do ‘homem novo’, ou seja, estarmos dispostos a viver como homens e mulheres ressuscitados.

A ‘pessoa vitamina’ transmite alegria e vontade de viver. Antes de tudo, esforça-se por aprender a contemplar as pequenas dádivas quotidianas, a usufruir das coisas simples e agradáveis de cada dia. É também por aqui que passa a aspiração às ‘coisas do alto’. Começamos a viver como homens e mulheres ressuscitados, quando sabemos contemplar o quotidiano, quando abrimos os olhos com espanto, «a fim de viver plenamente e com gratidão um dos pequenos presentes da vida» (Papa Francisco). Começamos a viver como homens e mulheres ressuscitados, quando usamos as nossas capacidades para fazer coisas boas, «cultivando a fraternidade, seguindo Jesus e apreciando cada pequena alegria da vida como um presente do amor de Deus».