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DACS com Catholic Herald | 12 Abr 2021
Estudante com Síndrome de Down torna-se católica na Vigília Pascal
Jessica Rutherford foi baptizada e fez a primeira comunhão no mesmo dia: "Adoro ir à igreja!".
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  © Jim Salitsky

A capela é a peça central do novo campus da Escola Secundária Católica São Paulo VI, a 52 quilómetros da capital do país.

Qualquer pessoa que atravesse o corredor principal da escola vê o grande crucifixo a marcar a entrada da Capela “Maria Mãe da Igreja”.

É um lugar onde Jessica Rutherford passou muito tempo durante o seu primeiro ano do ensino secundário. Lá, no silêncio, descobriu como Deus tem agido na sua vida.

Na Vigília Pascal de 3 de Abril, Jessica tornou-se católica ao receber os sacramentos na mesma escola onde começou a aprender sobre o catolicismo.

“Adoro ir à igreja”, disse a jovem ao The Arlington Catholic Herald, o jornal da Diocese de Arlington. “Deixa o meu coração muito feliz”, acrescentou.

Embora só esteja na escola há um ano, Jessica é bem conhecida nos corredores da escola. Enquanto caminhava em direcção ao seu cacifo depois de uma aula, colegas e professores acenavam e desejavam-lhe um feliz feriado de Primavera.

Jessica está matriculada no Programa de Opções da escola para alunos com deficiência intelectual ou de desenvolvimento.

“No dia em que nasceu, descobrimos que tinha Síndrome de Down”, disse a mãe, Janie Rutherford.

Jessica começou a fazer fisioterapia com 8 semanas de idade e terapia da fala quando tinha 6 meses. Com 2 anos e meio ainda não andava, mas todos os dias seus pais a levavam para o autocarro escolar.

“Perguntei-me como é que iríamos mandá-la para a escola se ela nem sequer conseguia andar, mas sabíamos que era o melhor para ela, ter aquela intervenção precoce, a interacção com os colegas e outras crianças”, explicou a mãe.

Jessica cresceu a frequentar diferentes escolas públicas. Os seus avós, tias e tios avós frequentaram escolas católicas e, quando Jessica estava prestes a entrar no ensino secundário, a família pensou em fazê-la ingressar numa escola particular.

A mensalidade representou um obstáculo financeiro até que a tia-avó e o tio-avô de Jessica se ofereceram para pagarem a mensalidade da jovem na Paulo VI. Jessica diz que adora a escola e que acorda todos os dias às 06h30 em ponto.

“Adoro andar lá porque é óptimo, é mágico e eu adoro isso. Todos na minha turma (são) incríveis. Surpreendem-me constantemente”, afirmou.

A mãe também usou a expressão “mudança de vida” ao falar sobre a Escola Paulo VI.

“Vimos um crescimento e amadurecimento tremendos. Ela é muito comprometida. Conta-nos coisas sobre o seu dia, o que fez, o que aprendeu, o que almoçou. Sente-se como uma das outras garotas que andam pelos corredores… Para ela, ela é uma delas. Não há diferença, e para nós isso é muito importante”, confessou Janie.

Jessica é um dos cinco filhos do casal Rutherford. A família é cristã, mas a jovem é a única católica praticante. A avó leva Jessica à missa nos fins-de-semana.

“Quando vamos à Igreja no Domingo, ela participa. Abrimos o missal e leio as canções com ela. Como ela adora música, gosta muito dessa parte, especialmente se for uma música que já ouviu antes”, explicou a avó.

No Outono passado, Jessica começou a frequentar as aulas do Rito de Iniciação Cristã de Adultos na escola, com o Diácono Tom Grodek. Ao aprender mais sobre Deus e a Igreja, Jessica começou a entender o conceito de Céu e vida eterna.

Nas aulas do Rito de Iniciação, Grodek falou sobre a sua filha, Maureen, a quem chama de Moey.

Moey nasceu com “deficiência intelectual profunda”, mas “teve uma vida plena na família, na comunidade e na Igreja”, disse Grodek.

Falecida há cinco anos, “está no Céu a cuidar de todos”, explicou Grodek a Jessica, que ficou muito impressionada.  O irmão mais velho de Jessica morreu há três anos, por isso quando a jovem começou as aulas com o diácono, as questões não se fizeram esperar.

“Deus está a cuidar do meu irmão? Quero ter a certeza de que estão a tomar conta dele”, terá perguntado Jessica.

“Falar sobre a paixão de Cristo também a impressionou muito. Conversamos sobre a morte de Jesus e ela tinha muito presente a morte do irmão na sua mente e coração”, disse o diácono.

Na Vigília Pascal, Jessica ficou em plena comunhão com a igreja.

“Ser baptizada e fazer minha primeira comunhão é incrível para mim. Adoro a minha vida, a minha mãe, o meu pai e o meu namorado. Amo a minha família, estão sempre no meu coração. Estarão sempre”, concluiu.

 

Artigo de The Arlington Catholic Herald, publicado a 3 de Abril de 2021.

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