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DACS com Crux | 26 Abr 2022
Irmã religiosa na Ucrânia diz que soldados russos "massacraram" civis
[Artigo não adequado a pessoas sensíveis.] Uma religiosa indiana que serve no oeste da Ucrânia diz que os soldados russos estão a “massacrar” civis inocentes em áreas do país que invadiram.
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  © Valentyn Ogirenko/Reuters via CNS

A Irmã Ligy Payyappilly, das Irmãs de São José de São Marcos, vive em Mukachevo, que fica perto das fronteiras com a Polónia, Eslováquia, Hungria e Roménia e, portanto, ponto de passagem para refugiados que fogem do conflito no leste da Ucrânia.

Diz que a invasão russa da Ucrânia “não é apenas a guerra de combate militar com armas, mas é tudo sobre os massacres e repressão e agressão sexual brutal contra mulheres e crianças inocentes”.

Payyappilly disse ao Crux que as histórias divulgadas na imprensa sobre abusos de direitos humanos e crimes de guerra cometidos por tropas russas em áreas que controlam são verdadeiras.

“É o que chamamos de guerra? Atirar em homens inocentes à queima-roupa, violar mulheres jovens e mães à frente dos seus filhos, ferindo brutalmente as mulheres grávidas? Como é que estas pessoas se podem tornar tão cruéis?”, questiona.

Conventos e outras casas religiosas no oeste da Ucrânia têm abrigado refugiados desde o início da guerra. A maioria dos que fogem do conflito são mulheres e crianças.

“Aqui, mulheres e meninas relataram os abusos e estão a sofrer nas mãos de soldados russos. As mulheres estão a enfrentar a ameaça de violação como arma de guerra. O exército russo tortura e mata fisicamente uma mãe à frente de um filho de seis anos”, disse Payyappilly.

“A crueldade e a perseguição viciosa dos soldados contra a mãe depois de ser brutalmente violada e a mulher morrer de angústia física e mental à frente do filho. Os seis corpos de mulheres a serem encontrados debaixo de um pneu em Kargiv. O exército russo realizou assassinatos em massa e podem ser vistos cadáveres nas estradas sem braços e pernas. Não sei quantos dias serão necessários para enterrá-los”, continuou ela.

“Isso é massacrar inocentes. Nenhuma sociedade civilizada pode aprovar isto”, acrescentou a religiosa.

Payyappilly disse que a Ucrânia está a viver a sua Via Sacra nestes dias, mas a nação ainda tem esperança.

“Tudo começou há oito anos [quando a Rússia ocupou a Crimeia e partes do leste da Ucrânia] e agora, desde 24 de Fevereiro, esta guerra tornou-se a nossa Sexta-feira Santa. Sabemos que quando Jesus subiu de Pilatos ao Gólgota, com o rosto e as roupas cobertos de sangue – o mesmo está a acontecer hoje na Ucrânia; o sangue dos inocentes está em toda parte”, explicou ela.

“Na verdade, aqui podemos encontrar muitas mães que choram os seus filhos, assim como Maria sofreu diante da Cruz pelo seu Filho amado. Tenho a certeza de que Nossa Senhora está a interceder pelas mães ucranianas. Ela pode entender a dor dessas mães. Para a Ucrânia, quanto mais essa guerra continuar, mais inocentes morrerão, especialmente mulheres e crianças. Aqui podemos ver tanta crueldade – meninas de 9, 10, 11 anos violadas por soldados russos e mortas. Hoje, o Gólgota está realmente na Ucrânia”, continuou a religiosa.

“Mas sabemos que a Páscoa vem depois da Sexta-feira Santa. Acreditamos e sabemos que Deus está connosco. A Páscoa virá para nós também; os nossos sofrimentos terminarão. Rezemos para que a aurora da Ressurreição chegue também para nós. Jesus morreu por nós. Ele conhece os nossos sofrimentos e pode compreender-nos. Estamos a aguardar a nossa Páscoa, especialmente para a Ucrânia, uma Páscoa de esperança e paz”, disse ao Crux.

Payyappilly lamentou o facto de que a Ucrânia e a Rússia, duas nações predominantemente ortodoxas com muita história partilhada, estejam agora em guerra.

“O Povo de Deus a lutar entre si: Irmãos separados em paz, agora a lutat para conquistar o outro. É de partir o coração”, disse.

“Deixemos Deus abrir o coração dos perpetradores para que Ele possa parar essa agressão. Rezemos pela paz na Ucrânia”.

Artigo de Nirmala Carvalho, publicado no Crux a 25 de Abril de 2022.

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Palavras-Chave:
Guerra  •  Ucrânia  •  Mulheres  •  Crianças  •  Violação  •  Civis  •  Inocentes
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