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DACS com The Tablet | 27 Jun 2022
Padres mexicanos assassinados eram “dedicados aos sacramentos”
Mais de 100 mil pessoas “desapareceram” no México nas últimas décadas e há 52 mil corpos não identificados.
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  © Frank Nowikowski / Alamy

Acredita-se que dois padres assassinados no México na segunda-feira tenham sido mortos por um traficante de drogas local, disse um dos seus confrades ao The Tablet.

O Pe. Javier Campos SJ e o Pe. Joaquín Mora SJ foram mortos a tiros na sua igreja em Cerocahui, Tarahumara, no estado de Chihúaha, no Norte. Estavam a tentar proteger Pedro Palma, um guia turístico que se havia refugiado lá do atirador e que também foi morto.

Testemunhas disseram que os seus corpos foram carregados e levados numa carrinha, apesar dos apelos de um terceiro jesuíta que alegou que o assassino era um traficante de drogas local.

Falando com o The Tablet, Luis Perez Jimenez SJ disse que os padres eram os “avós da região”, que trabalhavam na missão jesuíta em Cerocahui há décadas e eram “dedicados aos sacramentos”. A missão é a mais antiga do México, criada no século XVII, e administra um centro de direitos humanos numa área dominada pelo crime organizado.

“A Igreja de lá aprendeu a lidar com o crime organizado”, disse o padre Jiminez, explicando que muitos gangues respeitam as ordens religiosas que administram hospitais e escolas – geralmente a única infraestrutura social funcional da região. “As ordens religiosas são as únicas instituições fortes, estão a fazer o que o Estado deveria fazer nessa área”.

“Este caso mostra o que está a acontecer em todo o território”, continuou, referindo-se a mais de 100 mil pessoas “desaparecidas” no México nas últimas décadas e uma nova “crise forense” de 52 mil corpos encontrados mas não identificados. “O desaparecimento dos meus irmãos reiniciou a discussão sobre o problema”-

O Papa Francisco expressou o seu choque com os assassínios, lamentando “tantas mortes no México” no final da sua audiência geral na Praça de São Pedro esta semana, enquanto o provincial jesuíta, o padre Luis Gerardo Moro Madrid SJ, sublinhou que ocorreram “no contexto da violência que o país está a viver”.

As autoridades mexicanas ofereceram uma recompensa de cinco milhões de pesos (cerca duzentas mil libras) por informações sobre o assassino. O governador de Chihúa anunciou que os corpos do Pe. Campos, do Pe. Mora e de Palma foram encontrados na quinta-feira.

“Foram precisos apenas dois dias para encontrar os corpos – isto mostra que o Estado pode fazê-lo”, disse o padre Jiminez, que actualmente está a fazer um doutoramento em Londres sobre respostas sociais aos desaparecimentos no México.

“Outras quatro pessoas desapareceram naquele mesmo dia. Precisamos desse mesmo esforço para todos eles pararem esta situação. O sangue dos meus irmãos dará frutos”, afirmou.

Artigo de Patrick Hudson, publicado no The Tablet a 27 de Junho de 2022.

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Palavras-Chave:
México  •  Violência  •  Sacerdotes  •  Jesuítas  •  Assassínios  •  Papa Francisco
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