Hoje, Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica Desiderio desideravi sobre a formação litúrgica do povo de Deus, um texto dirigido a bispos, presbíteros e diáconos, pessoas consagradas e fiéis leigos, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

“É um documento que recolhe e reelabora de forma original as Proposições resultantes da Assembleia Plenária da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (12-15 de Fevereiro de 2019) sobre o mesmo tema”, pode ler-se no comunicado.

A Carta segue-se à que se dirige apenas aos bispos por ocasião da publicação do Motu Proprio “Traditionis custodes”, cujo objectivo principal é continuar “na busca constante da comunhão eclesial em torno da expressão única da lex orandi do Rito Romano que está expressa nos livros da reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II”.

A Sala de Imprensa refere ainda que o tom do documento não é o de uma instrução ou de um directório: “é, antes, um texto de meditação, de vívida marca bíblica, patrística e litúrgica, que oferece muitas razões para compreender a beleza da verdade da celebração litúrgica. Dele nasce e fortalece a comunhão vivida na caridade fraterna, que é o primeiro e mais eficaz testemunho do Evangelho”.

O Papa Francisco afirma várias vezes na carta que não pretende tratar exaustivamente das questões abordadas, oferecendo, no entanto, muitas ideias “sobre o significado teológico da liturgia, sobre a necessidade de uma formação litúrgica séria e vital de todo o povo de Deus e sobre a importância formativa de uma ars celebrandi que não diz respeito apenas a quem preside”.

O texto adverte ainda contra as armadilhas do individualismo e do subjectivismo, bem como de um espiritualismo abstracto.

A carta encontra-se disponível aqui, para já apenas em Italiano, Francês, Inglês, Alemão e Espanhol.

Enquanto não há uma versão portuguesa oficial, poderá ler a tradução elaborada pelo DACS e disponível para download no fundo da página.