Arquidiocese de Braga -
6 maio 2020
Párocos acertam procedimentos para retoma da vida pastoral nas paróquias de Fafe
José António Ribeiro de Lima Carneiro
Reunião por videoconferência reflectiu a nota pastoral do Arcebispo de Braga e serviu para acerto comum de várias medidas
Os Párocos
de Fafe reuniram esta terça-feira, por videoconferência, para refletir a nota
pastoral do Arcebispo de Braga intitulada “Hora de ir recomeçando” e para
definirem um conjunto de procedimentos comuns que dizem respeito à vida das
paróquias nesta fase de crise pandémica, ainda bem preocupante.
Em primeiro
lugar, o arcipreste chamou a atenção, a partir das palavras da nota pastoral,
para a necessidade de os párocos se prepararem com todos os meios para, agora
ainda mais do que até aqui, estarem na linha da frente do combate à pandemia,
sobretudo, para enfrentar os seus efeitos devastadores na vida das comunidades
e nas populações em geral. Se até aqui o combate era mais focado na ação dos
profissionais da saúde (e ainda continua), chega a fase de responder à grande crise
social e económica que resulta da pandemia e que já se vislumbra e faz sentir em
dificuldades de tantas das nossas famílias.
A nota pastoral
deixa indicações precisas e preciosas para um tempo, também ele novo e
inesperado, no qual ainda temos de saber viver, na sociedade e na Igreja, com a
existência do vírus. Este dado obriga todos a uma responsabilidade ainda mais
acrescida de uns pelos outros.
Por isso, e
seguindo as indicações, é claro que até 30 de Maio não haverá missa com povo
nas Igrejas do arciprestado, continuando a haver missa sem participação do
povo. Partilharam-se várias ideias sobre o que é necessário ir fazendo a fim de
consciencializar todos os paroquianos para as mudanças que terão de saber
acolher nestes tempos. A participação na missa obedecerá a regras que passam
por medidas de higiene e segurança, mas também pela limitação de lugares, dado
que acarreta várias incertezas. Por muito que se deseje participar na missa, é
importante ter consciência que ela pode não ser possível para todos ao mesmo
tempo. Também, por isso, as transmissões online e pelos meios de comunicação
social continuam a ser necessárias e aconselháveis para todos, sobretudo para
as pessoas dos grupos de risco.
Nestes
próximos dias, todos as paróquias se prepararão para reabrir as igrejas,
salvaguardando regras como a limitação do espaço físico, o uso obrigatório de
máscaras de proteção, o controle de entradas que evite ajuntamentos e preserve
o distanciamento de dois metros, assim como a existência de meios técnicos e
humanos para higienização e desinfeção dos espaços litúrgicos. Sem isto nenhuma
das igrejas abrirá mesmo para a oração individual e em horários mais reduzidos
do que os habituais.
No que às
catequeses, reuniões e formações diz respeito que envolvam grandes aglomerados
tudo fica adiado. Nesse sentido, a preparação de adultos para o Crisma continua
suspensa até nova decisão, como também a preparação dos noivos pelos Centros de
Preparação para o Matrimónio e as formações de catequistas que estavam em
andamento. O Encontro Arciprestal de Liturgia, que seria este domingo, será
apenas online, com duas palestras disponibilizadas no site do arciprestado.
Quanto a
festas de Primeiras Comunhões e Profissões de Fé definiu-se que serão feitas em
todas as paróquias no próximo ano pastoral, ficando para mais tarde indicações
mais concretas.
A nota do
Arcebispo Primaz é taxativa quanto a festas religiosas, procissões e
peregrinações que devem ser canceladas. Por isso, nas paróquias do
arciprestado, todas as festas, tão habituais nos meses de Verão, poderão ser
celebradas, mas dum modo bem diferente do que é habitual, em muitos casos,
talvez, mantendo-se apenas a celebração da Missa, e cancelando tudo o que vá
além disso. As comissões de festas e os grupos paroquiais envolvidos nestas
dinâmicas festivas, na ligação aos respetivos párocos, encontrarão o modo
responsável, sério e consciente para fazer cumprir isto mesmo.
Neste
aspeto, uma palavra particular referente à grande festa do Corpo de Deus que
terá de se celebrar dentro deste quadro, assim como as duas peregrinações que
decorrem no nosso arciprestado: a de Nossa Senhora das Neves (em Agosto) e a de
Nossa Senhora de Antime (em Julho). Depois de vermos o Santuário de Fátima a
alterar o modo de celebrar a grande peregrinação de 12 e 13 de Maio, mesmo com
o coração apertado, estamos todos mais conscientes da necessidade de, este ano,
não podermos realizar estas peregrinações, sobretudo a grandiosa festa de todo
o concelho e arciprestado de Fafe em honra da Senhora da Misericórdia, para não
pôr em causa a segurança e a saúde pública. Esses novos modos de celebrar estas
festas tão relevantes, fazendo cumprir todas as regras estabelecidas, ainda
serão reflectidos e anunciados oportunamente.
Por fim,
ficou acertado por todos os párocos de Fafe que, até nova determinação, os
funerais continuarão a ser feitos, como até aqui, com a Celebração da Palavra nos
cemitérios. Enquanto não for possível assegurar as condições de segurança e
higienização das igrejas e capelas mortuárias, que já antes se falou, não pode
ser doutro modo.
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