Arquidiocese de Braga -

27 março 2021

Formação Bíblica arciprestal em formato online chegou mais longe

Fotografia

José António Ribeiro de Lima Carneiro

As duas noites de formação sobre o Samaritano e a Samaritana foram desenvolvidas pelo Pe. Rui Santigo e trouxeram uma grande riqueza a mais de 100 participantes

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Nos passados dias 23 e 24 de Março, o arciprestado de Fafe dinamizou duas noites de formação bíblica que, devido à situação atual que vivemos, decorreram em formato online. Estes dois encontros foram orientados pelo Pe. Rui Santiago e juntaram nas duas transmissões em direto mais de 100 participantes o que permitiu que pudesse chegar mais longe.

O objetivo destes encontros centrou-se na compreensão destes dois textos litúrgicos, a Parábola do Samaritano e o Diálogo com a Samaritana. O Pe. Rui dedicou cada noite à compreensão mais profunda de cada texto. 

A Parábola do Samaritano pode ser vista como uma personificação de Deus na pele do Samaritano. Um Deus que passa perto, vê, ouve, aproxima e atua. Um Deus que mostra que é o próximo, feito de aproximação e compaixão. Jesus vai mais além do que simplesmente pedir-nos para sermos bons, pede-nos para percebermos de que lado nos encontramos. Seja para nós mesmos, para os que nos rodeiam e para Deus. Claramente nos mostra que necessitamos de olhar com olhos de ver, ouvir com ouvidos que ouvem, falar com boca que fala, agir com mãos que agem, aproximar-nos com um coração cheio. Sermos o próximo para aquele que estiver imediatamente ao nosso lado.

O Diálogo com a Samaritana é uma liturgia em que é Jesus quem toma a iniciativa de contacto. Jesus aborda a Samaritana junto ao poço pedindo-lhe de beber. E é possível identificar ao longo do diálogo 4 momentos distintos: o preconceito da Samaritana para com Jesus; a logomaquia de palavras, entre perguntas e respostas, em que Jesus diz coisas que a Samaritana não entende; o início da conversa entre os dois e por fim começa a insipiente conversão. E ao longo deste processo é possível verificar que a fé da Samaritana ganha vida, tendo ela iniciado a conversa com um Judeu e terminado com a aclamação de todos os Samaritanos “Ele é verdadeiramente o Salvador do Mundo!”. Podemos então verificar que este processo é um processo de fé, baseado numa narrativa catecumenal. Neste texto litúrgico a Samaritana pode ser vista como uma representação do povo de Israel, que se encontrava perdido na sua fé, tendo a mesma sido restaurada e renovada por iniciativa gratuita de Deus e por aproximação, por vida de Deus, que vem junto ao poço resgatar o seu povo.

Com estes dois exemplos litúrgicos foi possível concluir que ambos se baseiam na Adoração em espírito e verdade. Em espírito, devemos adorar o Pai de todos, que está nos céus, na universalidade da filiação divina. E isto leva-nos a um pensamento, o Cristianismo Samaritano. Baseado na verdade, uma verdade feita de experiência, encarnada de ser visto e reconhecido, e de ser querido. Isto é um desafio nos dias de hoje, sermos capazes de adorar em espírito e verdade.

Ambas as sessão contaram com uma grande adesão e propiciaram espaço de diálogo e debate, a partir de questões lançadas, através dos comentários no Facebook e no Youtube, onde a formação bíblica foi transmitida e acompanhada mais de uma centena. 

 

Equipa Arciprestal de Comunicação

 

 

Se não teve oportunidade de acompanhar, pode assistir aos dois vídeos a seguir: