Arquidiocese de Braga -

A Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus foi fundada no século XIX, pelo Padre João Leão Dehon, em Saint Quentin, diocese de Soissons (França). O Pe Dehon, pertencia ao clero da diocese de Soissons e era particularmente sensível à espiritualidade do Coração de Jesus e à necessidade de renovação da Igreja e da sociedade. Assim, a Congregação nasceu da “experiência de fé” do nosso Fundador, que se sente profundamente amado pelo Coração de Cristo, aberto na cruz, e deseja que esse amor seja reconhecido e amado por todos. Na contemplação do lado aberto de Cristo, na cruz, o Pe Dehon, encontra o maior sinal do amor de Deus pela humanidade. No sentido, de anunciar este amor, o Pe Dehon queria que os seus “discípulos” fossem profetas do amor de Deus e servidores da reconciliação dos homens entre si. Os dehonianos vivem a vocação, pela oferta da sua vida (oblação) ao serviço do reino do Coração de Jesus e procuram promover, por meio da sua missão, uma “justa” reparação, que consiste em acolher o amor, comunicá-lo e levar os homens a voltar-se para Deus, anunciando o seu amor misericordioso, por todos os homens. Assim sendo, a Congregação nasce com esta dupla missão: construir o Reino do Coração de Jesus nas almas e nas sociedades, através de uma intensa vida de oração, de união a Cristo, e através do compromisso na transformação de uma sociedade mais justa e fraterna. Para que isto seja possível, é necessário marcar e ritmar a existência por uma contínua atitude de contemplação e ação, que se funda na celebração e adoração eucarística, na reconciliação e nas demais missões, em comunhão com a Igreja local.  

Atualmente, no mundo, a Congregação está presente em mais de quarenta países, na Europa, África, América e Ásia. Em Portugal, a Congregação teve os seus inícios na Madeira, com o Colégio Missionário Sagrado Coração, em 1947, e depois expandiu-se pelas dioceses de Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto, Algarve, Funchal, Angra de Heroísmo e Setúbal. Os dehonianos realizam a sua missão, de acordo e em comunhão com as necessidades das diferentes Igrejas locais, que vai do ensino, à formação humana e espiritual, a pastoral paroquial, social e outros campos de missão e evangelização.

Carlos Araújo, scj