Arquidiocese de Braga -
30 janeiro 2025
V Domingo do Tempo Comum | C
“Faz-te ao largo”
Celebrar em comunidade
Itinerário simbólico
Círio Pascal inserido em arranjo floral, diante do altar.
Sugestão de cânticos
[Entrada]Cantai ao Senhor – F. Santos
[Apresentação dos dons] Eis-me aqui – M. Frisina
[Comunhão]Faz-te ao largo – M. Carneiro
[Final] Irei mais além – H. Faria
Eucologia
[Orações presidenciais] Orações do Domingo V do Tempo Comum
[Prefácio] Prefácio IX Dominical do Tempo Comum
[Oração Eucarística] Oração Eucarística III
[Bênção] Oração de Bênção sobre o Povo 15
Catequese Mistagógica
Grande aclamação: Santo
A celebração da Eucaristia é o coração da vida cristã, o ponto culminante do encontro entre Deus e seu povo. No centro desta celebração está um hino de louvor, o “Santo” também conhecido como “Sanctus”, que nos une ao cântico celestial dos anjos. Este momento da Eucaristia convida-nos a entrar num mistério profundo: a santidade de Deus e a comunhão dos céus e da terra na celebração litúrgica.
O “Santo” está profundamente enraizado na Sagrada Escritura e na tradição litúrgica da Igreja, e é entoado pela assembleia durante a Oração Eucarística, logo após o Prefácio. Através dele, os fiéis unem-se ao coro celestial dos anjos, e proclamam a santidade de Deus e reconhecem a sua glória infinita. Assim, a celebração da Eucaristia torna-se uma antecipação do banquete celestial, que prefigura a comunhão eterna com Deus.
A repetição da palavra “Santo” três vezes não é apenas uma questão de ênfase, mas uma declaração teológica da infinidade da santidade de Deus. Esta santidade é vista como uma das qualidades essenciais de Deus, que é completamente outro, separado de tudo que é imperfeito. Ao proclamarmos “Santo, Santo, Santo”, reconhecemos a transcendência de Deus.
Este cântico / oração é também uma preparação espiritual para o mistério que se segue: a consagração do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e Sangue de Cristo. Ao cantarmos / rezarmos o “Sanctus”, somos chamados a abrir os nossos corações ao mistério da presença real de Cristo na Eucaristia. Este momento litúrgico impele-nos a uma profunda reverência e a um sentido de maravilha perante o amor de Deus manifestado na Eucaristia.
O “Santo, Santo, Santo” ensina-nos várias verdades fundamentais da fé cristã. Primeiramente, lembra-nos da transcendência e imanência de Deus. Apesar de Deus ser infinitamente acima de nós, na Eucaristia, Ele torna-se presente de maneira real e tangível. Este cântico / oração afirma também a comunhão dos santos, uma vez que nos juntamos às hostes celestiais na adoração de Deus. Finalmente, é um convite à santidade pessoal; ao proclamar a santidade de Deus, somos chamados a aspirar à santidade nas nossas vidas diárias, procurar a conversão e o crescimento espiritual contínuo.
Para viver plenamente o significado do “Sanctus” na Eucaristia, é importante participar deste cântico / oração com consciência e reverência, reconhecer a presença de Deus e a importância deste momento. A união com a comunidade é também essencial, pois recordamos que a nossa adoração é parte da adoração contínua de toda a Igreja. Ao proclamarmos “Santo, Santo, Santo”, somos chamados a imitar a santidade de Deus nas nossas vidas, permitindo que a Eucaristia transforme e nos envie como discípulos no mundo.
Em conclusão, o “Santo” é mais do que um simples cântico / oração litúrgico; é um momento de profunda comunhão com o divino, onde reconhecemos a majestade de Deus e nos unimos ao coro celestial. Cada vez que participamos da Eucaristia, somos convidados a tornar este cântico / oração uma expressão sincera da nossa fé, adoração e amor por Deus. Que ao entoarmos / rezarmos o “Sanctus”, possamos sempre lembrar-nos de que estamos na presença do Deus Altíssimo, unidos como uma só Igreja em louvor eterno.
Ministérios Litúrgicos
Muita da atividade de um músico consiste em transmitir aquilo que recebeu, dar vida a uma tradição. De facto, uma partitura permanece apenas um “papel pintado” se o músico não lhe der vida com o seu talento. Todavia, interpretar uma peça musical é muito mais do que traduzir em sons um conjunto de sinais gráficos. Interpretar é fazer com que o Espírito trespasse a partitura para a transformar em Ação de Graças. Sintamos, nesta celebração, a dimensão missionária da música, que nos convida a fazer ao largo, com um serviço musical orante e aberto ao Espírito Santo e que envolva toda a assembleia.
Evangelho para os jovens
Vivemos numa época em que urge uma extraordinária difusão do Evangelho junto de todas as comunidades. Nenhuma paróquia poderá ter a prepotência de pensar que não é preciso dedicar tempo à evangelização, de lançar a rede sempre que possível, independentemente da qualidade do “peixe pescado”, do “estado das redes”, da “força dos pescadores” e da “resistência da barca”. No entanto, somos chamados e interpelados a verificar as diversas feridas que devem ser acolhidas por parte dos agentes evangelizadores, tal como São Paulo admitiu, considerando-se abortivo por ter perseguido, outrora, a Igreja. É a partir desta atitude humilde de reconhecimento das nossas fragilidades, deficiências do passado e feridas abertas que, com a graça de Deus, podemos pregar mais eficazmente e levar os outros a acreditarem na palavra misericordiosa de Jesus. Ou seja, só olhando as misérias internas poderemos curar as que estão naqueles que precisam de nós (analogia do curador ferido). A humildade poderá ser a forma mais autêntica de testemunharmos o Evangelho junto dos jovens, fazendo perceber que estamos todos na mesma barca, mas nunca perdendo de horizonte que a missão é a de “levar Jesus a todos”.
Oração Universal
V/ Caríssimos fiéis: oremos ao Senhor do universo, para que dê aos que escutam os apóstolos deste tempo um coração aberto à sua mensagem, e peçamos (ou: e cantemos) fervorosamente:
R/ Escutai, Senhor, a oração do vosso povo.
Pelos bispos e párocos do mundo inteiro, pelas Igrejas particulares e paróquias que estão a implementar modelos concretos de sinodalidade, como marca identificativa da vida e da missão da Igreja, oremos.
Pelos responsáveis no governo das nações, pelos que promovem a prosperidade dos povos e pelos que defendem os direitos das pessoas, oremos.
Pelos leigos que vivem em matrimónio, pelos jovens que se preparam para o casamento e pelos lares que já não têm amor, oremos.
Pelos religiosos que vivem em clausura, pelos jovens consagrados ao Senhor, pelos seminaristas e pelas crianças que gostam de Jesus, oremos.
Pelos membros da nossa assembleia dominical, que se esforçam pela renovação espiritual e pastoral da nossa comunidade, pelos outros cristãos desta paróquia e pelos homens e mulheres que não têm fé, oremos.
V/ Escutai, Senhor, as nossas orações e enchei-nos da vossa graça, para proclamarmos que só Vós sois Santo e nos colocarmos inteiramente ao serviço do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.
R/ Ámen.
Santo
Recomenda-se que o Santo seja cantado solenemente. No momento de ser cantado o “Santo” poder-se-á recordar a primeira parte da primeira leitura: “No ano em que morreu Ozias… o templo enchia-se de fumo”.
A utilização do turíbulo também é recomendada fazendo lembrar o cenário descrito na leitura de Isaías.
Encontrar o Pão na Palavra
Meditação Eucarística
O exercício dos vários ministérios durante a celebração da Eucaristia é a confissão de que o trabalho eclesial é um trabalho coletivo de entreajuda. Quem preside à celebração até poderia dispensar os acólitos, os leitores ou o diácono, mas isso transformaria o exercício da presidência na atuação de um homem orquestra e não numa sinfonia ministerial. Depois da pesca milagrosa, os discípulos pediram ajuda a outros companheiros. Isto mostra que o testemunho evangélico e o trabalho pastoral são tarefas coletivas. Jesus chama individualmente os seus discípulos, mas para um trabalho colegial e num caminho comum. A Eucaristia, na polifonia do exercício dos seus ministérios, é sinal do corpo eclesial diversificado, mas unido.
Sair em missão
O quinto Domingo do Tempo Comum é profundamente missionário. Deste modo, o povo de Deus é desafiado a escolher uma pessoa dentre os seus muitos contactos, a quem irá falar de Jesus e da sua Palavra. Lançar a rede da comunicação para “apanhar” a maior quantidade de filhos de Deus que necessitam de uma palavra de conforto e confiança.
Download de Ficheiros
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Pão na Palavra
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