Arquidiocese de Braga -
26 janeiro 2016
Mensagem do Santo Padre para a Quaresma (proposta de amor e perdão em contexto académico)
"entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”
O Papa Francisco, na mensagem destinada ao período litúrgico que se avizinha, faz um apelo à escuta da Palavra de Deus, uma vez que “a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio”. Essa experiência de perdão e proximidade de Deus só é possível pela contiguidade à Sagrada Escritura.
Note-se que o mistério da misericórdia divina desvenda-se na prossecução da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Afirma o Santo Padre: “Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão”, acrescentando a justiça e a verdade onde há infidelidade.
Este amor desmedido encarna em Jesus Cristo, Filho de Deus, a ponto de fazer imperar a reconciliação onde existe a discórdia. Nesse Cristo crucificado, floresce um amor salvífico, que atravessa o decurso do tempo e a transformação do espaço, e que tem o Homem como epicentro.
Deste modo, Francisco convida a que “o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.
A escravidão do pecado e a cegueira da avareza isolam o Homem em modelos inoperantes e egoístas. Pelo contrário, ao cristão pede-se a libertação da própria “alienação existencial”, revendo-se na Escuta da Palavra e nas obras de misericórdia.
Por isso, o Papa Francisco conclui: “Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38)”.
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