Arquidiocese de Braga -
4 março 2016
A arte é lugar de encontro, de embate entre sentimentos e pensamentos.
“Precisamos de parar, de respirar e pensar sobre aquilo que vivemos, aquilo que queremos fazer” - Cuca Roseta
Cuca Roseta esteve recentemente à conversa com o semanário “Igreja Viva”, diante do qual falou da relação saudável que diariamente presa entre a espiritualidade e o fado que interpreta. A cantora acredita ser o caráter e elementos, intrínsecos ao fado, que a elevam até Deus na sua oração.
Com 34 anos de idade confessa nunca entrar em palco sem conversar com a Alteridade. “Fico sozinha e peço apenas ajuda para ser um bom instrumento de amor e de paz através da minha voz”. Por isso, a responsabilidade de qualquer artísta é a de suavizar a azáfama na qual estão submergidos os indivíduos. Do mesmo modo, garante ser essa a função primordial da religião. Até porque para Cuca Roseta, “precisamos de parar, de respirar e pensar sobre aquilo que vivemos, aquilo que queremos fazer”.
A contora diz-se persuadida da qualidade que as demonstrações artísticas têm, na medida em que são capazes de transformar a existência. Com particular solicitude, a arte é lugar de encontro, de embate entre sentimentos e pensamentos, alegrias e tristezas, anseios e pretensões. “Seja com lágrimas ou com um sorriso, a arte desperta e acorda estas emoções nas pessoas”.
Para Cuca Roseta a missão que Deus lhe confiou está bem estribada. Terá Ele fiado o dom da arte musical, talento que tem de fazê-lo render diante dos outros. Só assim encontra sentido para uma vida e existência plena. “É muito gratificante ver como a nossa música muda a vida das pessoas”.
Um dos momentos sublimes da sua vida foi a interpretação da “Avé-Maria fadista”, aquando da visita a Portugal do papa Bento XVI, em maio de 2010, no Terreiro do Paço. Deste encontro, fica-lhe a certeza de que “o fado é outra forma de eu me encontrar com Deus. Realmente é outro momento íntimo em que eu me sinto como um instrumento de Deus e que através de mim consigo dar alguma coisa aos outros”.
Fonte: http://www.diocese-braga.pt/igreja-viva/8595#sthash.XjcZeMmD.dpbs
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