Arquidiocese de Braga -
1 abril 2016
A sinceridade agraciada, e nunca desputada!

A verdade tem de ser vista como um dos grandes valores de sempre. Viver de acordo com este princípio é tornarmo-nos mais humanos.
Somos incompletos e tudo o que alcançamos devemos aqueles que estão por perto. Atingir este entendimento é das tarefas humanas mais majestosas. Num tempo de presunção exclusivo e amor filaucioso, raras vezes avaliamos de modo coercivo o que somos e fazemos. A exatidão não é limitada, mas abrange todos os seres. Por isso, somos devedores de uma verdade que habita o coração dos outros.
E quando se trata de calcular, são poucos os retos sentenciadores de causa própria. Pelo contrário, só na correção fraterna poderei achar elementos suficientes para a compreensão de todos os equívocos aplicados. De novo, não somos nada sem o semelhante. E nada disto é atitude imbecil ou uma infimidade desconsolada. A verdade tem de ser vista como um dos grandes valores de sempre. Viver de acordo com este princípio é tornarmo-nos mais humanos.
Tal percurso exige abertura, entrega e dedicação. Sabendo que não consigo um cálculo isolado sobre a minha conduta e pensamento, peço o auxílio do irmão para nortear os trilhos que completam a minha existência. Ao mesmo tempo, delinearei o meu carácter com cores arrojadas e pujantes, capazes de permanecer e dar novo alento na comunidade.
Longe das invejas e presunções, em momentos oportunos, devemos ter consciência que somos fracos com os fracos. Mas é nesse âmago que encontraremos a resiliência natural para alegrar o coração e rejuvenescer a fé. Encontraremos espaço para a justiça e o mal será combatido com o bem.
Este é um discernimento pessoal e coletivo. Não vivemos arredados, não crescemos desgarrados, nem tão pouco nos sustemos solitariamente. O nosso retrato, a nossa imagem, a nossa graça têm um vulto, o Outro. São constituintes suficientes para garantir o propósito da humildade e da exatidão, segundo os quais chegaremos à santidade encarnada.
Não nos coibamos de ser patronos da sinceridade. Sejamos missionários da boa-fé.
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