Arquidiocese de Braga -
16 maio 2016
O projeto humano
Quando a dignidade e integridade humana ficam nos subúrbios!
Numa comunidade onde a heterogeneidade parece ser interpretada como constituinte dominante, existem escassos resquícios que nos permitem falar de valores e princípios fundantes e únicos à sociedade. Talvez predomine em consciências múltiplas uma visão relativista dos fenómenos e acontecimentos mundanos. Mas nem tudo pode ser fruto do ocaso quando proliferam episódios um tão pouco sequenciais.
A este propósito, convém recuperar as oportunidades defraudadas, as imagens subtraídas, as posições ilícitas que colocam, grosso modo, os sujeitos como última preocupação na escala global de apreços. À falta de investimento na integridade e dignidade humanas, contrapõe-se uma atitude valorativa de elementos menos significantes pela sua natureza. Que inferências irreversíveis terá na coletividade?
Esta é uma sociedade inapta para o olhar e comover diante da fragilidade e da contingência de indivíduos com identidade. Pelo contrário torna-se atenta e protetora de outros seres vivos que não pertencem à sua espécie. Nos nossos dias, somos capaz disto tudo de uma forma natural e sem qualquer tipo de preconceito. As próprias leis civis o sustentam.
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