Arquidiocese de Braga -
7 junho 2016
Simone Weil
Como aprimorar o cepticismo de alguns e o fascínio de outros
Simone Weil nasceu em Paris em 1909. Com ela despontou uma nova modalidade social conforme aos limiares e apreços capitais à integridade e dignidade humanas. A escritora, mística e filósofa francesa aliciou ao universo operário e secular uma fé, uma forma de vida, um modo de fazer diferente dos demais. Seguindo o seu espírito, tornou-se uma operária, como tantas outras mulheres e homens, da Renault para escrever sobre o quotidiano dentro das fábricas.
Uma teóloga brasileira aproveitou a experiência e testemunho de Weil para encetar "Simone Weil - Mística de fronteira". Nesta obra é cruzado o carácter de uma senhora que aceitou fazer um ensaio claramente cristão durante a sua existência, conquanto não oficializado, disposto a cruzar elementos das mais distintas categorias, jogando na eventualidade de um diálogo saudável a descrença e o agnosticismo secular. Ao mesmo tempo, é-nos relembrada uma mulher que afrontou todos os usos religiosos com as díspares zonas de conhecimento, desde as letras, passando pela psicologia e aportando na teologia.
Maria Clara Bingemer invoca Simone Weil como a prova singular do confiar a vida no Outro, refletindo e diligenciando, unindo esforços até encontrar sentido nos valores da bondade, verdade e bem. Nesse sentido, Weil superabundou meras utopias e simples ilusões, com coragem e dedicação foi arrojada no seu proceder.
Sugestão de Leitura: Simone Weil - Mística de fronteira
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