Arquidiocese de Braga -
16 junho 2016
A fragmentação dos saberes

Uma educação fracionada, um ensino de saberes isolados.
Perdura na sociedade contemporânea uma visão fracionada da realidade educacional e, particularmente, dos investimentos feitos no ensino. Na verdade, grande parte dos rendimentos são usados para uma educação intelectual, descurando as restantes dimensões. Numa perspetiva cerrada, apenas se deseja auferir um bom nível de cotação no mercado do trabalho, tantas vezes desprovido de valores humanos.
Deste modo, o excesso de socorro à educação intelectual desabona numa deficitária formação humana e espiritual, estas últimas marcantes pelos preceitos e cânones que impõe à vida do sujeito. De facto, não é por menos que pode-se estar a gerar humanos automatizados, disciplinados e esgotados num saber, quando só a pluralidade de saberes faz do Homem um ser em potência.
A formação integral deve ser contemplada nos quadros empresariais. Hoje, mais do que nunca, é preciso proporcionar os meios necessários ao desenvolvimento global dos seres. A mentalidade merece e deve ser exercitada num vasto campo de conhecimento, de descoberta e futuro, que não seja somente restringido ao racional.
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