Arquidiocese de Braga -

17 junho 2016

Seguir Cristo

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Departamento da Pastoral Universitária

A fé é capaz de nos encorajar a viver na sociedade e na heterogeneidade

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Todo o cristão precisa de fazer compêndios sistemáticos da sua vida. Todo o homem tem o dever de julgar seu próprio comportamento pelos grandes modelos éticos e morais. Do mais prudente ao mais prepotente, os seus estilos de proceder devem ser discernidos retamente, libertos de discursos vácuos e homilias vazias. A este propósito reitera o Papa Francisco: é preciso “estar de pé” para hospedar Deus, zelar pelo “silêncio” tranquilo para ouvir a sua voz inaudita, e apresentar-se para “sair” a apregoá-lo.

Por entre falsos profetas e pastores soberbos, por entre homens e mulheres mais ou menos altivos, todos temos de ter presente que “para encontrar Deus é necessário voltar à situação em que o homem estava no momento da sua criação: de pé e a caminho”, corrobora Francisco. Para sabermos discernir o bem do mal, teremos que percorrer trilhos de privação e simplicidade, ser intolerantes aos comodismos e vaidades viciosas, e libertar-nos da obscuridade que pode advir de um egoísmo exacerbado e inábil. Só assim, Deus poderá contar com “corajosos” para “levar aos outros a mensagem” por Ele confiada, num autêntico espírito de missão.

Nesta coerência, a fé é capaz de nos encorajar a viver na sociedade e na heterogeneidade, a celebrar a esperança e perseverança, a crescer na pobreza e indigência de coração. Foi a esses que Cristo deu atenção, pois os orgulhosos e de coração fechado não se predispuseram a aceitá-lo. Fracassam as mãos que abençoam ao jeito de Jesus, os braços que aconchegam do mesmo modo de Cristo, os rostos que se compadecem do desgaste de tantos seres humanos flagelados pela intempérie.