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Hoje de manhã tive o grato privilégio de celebrar a eucaristia com o presbitério da Arquidiocese de Braga. Veio-me à memória e ao coração, diversas vezes, a constituição conciliar Sacrosanctum concilium. Como sabem, foi o primeiro documento a ser aprovado e exerceu grande influência nos restantes textos e no novo modo de conceber a Igreja.
Olhando para o nosso presente, o gesto do lava-pés parece-me ainda mais relevante. Não será necessário um sério exame de consciência colectivo e percebermos quantas vezes colocamos os nossos projectos à frente das necessidades das pessoas? Ou quantas vezes ideologias partidárias, que deveriam procurar benefício público, se sobrepõem às reais necessidades e vontades do povo português? Como Jesus nos ensinou, quanto maior a responsabilidade, maior deve ser a nossa humildade, independência e desapegos pessoais para servirmos os outros. Se assim não for, corremos o sério risco de instrumentalizar as pessoas. Sim, servimo-nos daqueles que são irmãos e aproveitamo-nos deles em vez de sacrificar-se pelo bem de todos e de cada um.
Olhemos, também, agora, para Maria neste Ano Mariano. Ao longo dos tempos, os padres da Igreja e o sentido da fé apresentaram-nos Maria como uma mulher que seguiu esta via do amor incondicional, atento e generoso. Bastar-nos-ia recordar o episódio das bodas de Canã em que disse “Fazei o que Ele vos disser”. Maria viu a necessidade, previu o drama e revelou a identidade de Cristo. Sem nunca instrumentalizar o seu filho, ensinou-nos que a Sua Palavra transforma a realidade e abre caminhos de esperança onde não pareciam existir. Não se deteve com bonitas considerações sobre o problema. Inventou a sua maneira original de agir. E o problema resolveu-se.
Que Maria, a primeira entre os crentes, nos dê este olhar atento às necessidades humanas, particularmente nos diferentes cenários da família. A atitude de serviço e de vigilância poderá ser introduzida em diversas realidades humanas, mas se não cuidarmos das nossas famílias, das nossas relações mais próximas, estaremos a comprometer os futuros pilares da sociedade. Que Nossa Senhora, a mãe de Deus, abençoe as nossas famílias.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
Pode descarregar abaixo o PDF da homilia na íntegra.
P. Paulo Alexandre Terroso Silva
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