Arquidiocese de Braga -
29 dezembro 2012
CREIO EM TI!
Mensagem no âmbito das Bodas de Prata Episcopais.
Em ano de Fé, celebrando as Bodas de Prata Episcopais, recordo o dom da fé como dom maravilhoso a acolher para partilhar: assumo que gostaria de o expressar visivelmente através dum amor incondicional a Deus e ao próximo e espero ser instrumento da Paternidade Universal de Deus que nos responsabiliza pela fraternidade com todos.
Crer em Deus é crer em todos.
Crer é amar Deus e os outros.
Crer é esperar uma Arquidiocese unida
para que todo o mundo acredite.
1 – Creio em ti, caro presbítero, que és rosto transparente do amor de Deus pelo Seu povo. Comove-me ver-te partir o pão da amizade e a desatar os nós do sofrimento. Espero ter-te sempre próximo, para anunciarmos Cristo a todos que O procuram de coração sincero.
2 – Creio em ti, caro/a religioso/a, que és sinal profético do Reino de Deus. Admiro-te pela delicadeza dos teus gestos, que são uma verdadeira oração quotidiana. Espero que continues a suscitar o espanto da fé em cada irmão que se cruza no teu caminho e na comunidade onde vives.
3 - Creio em ti, caro/a jovem, que és a esperança do amanhã. Orgulha-me a tua procura inquieta, que antecipa o nascimento de um mundo melhor.
Espero que me emprestes a tua voz sempre que a minha falhar. Gostaria ainda, um dia, de celebrar um encontro contigo para te apresentar Aquele que me inspirou neste nosso projeto comum.
4 – Creio em ti, caro/a irmão/ã, que vives uma situação de fragilidade. Inclino-me perante o teu espírito de heroica e silenciosa coragem. Dificilmente estamos preparados para momentos inesperados, mas a cruz, que também Cristo carregou, não tem a última palavra sobre a vida. Espero que sintas esta minha frágil e silenciosa presença por meio da oração, na certeza duma comunhão permanente com as tuas debilidades.
5 – Creio em ti, caro/a irmão/ã que habitas involuntariamente o silêncio da fé. Também para mim é um mistério este paradoxo. Sei todavia que o silêncio não é sinónimo de ausência. A fé é dom e fidelidade. Espero, peço-te, a fidelidade à procura sincera e, porventura, a decisão consciente de mergulhar no mistério de Deus, mesmo quanto tudo aquilo que ouves é silencio.
6 – Creio em ti, família expressão do visível amor de Cristo na procura conjunta da felicidade e aberta ao dom da vida. Sei que te alimentas e encorajas da Palavra de Deus. Espero ver-te verdadeira “Igreja doméstica” e comprometida na Igreja de Jesus para construirmos um mundo mais humano e unido.
7 – Olá meu/minha pequenito/a. Creio em ti pois, juntos, temos um amigo. Jesus ofereceu a todos os meninos/as do seu tempo muita dedicação, não deixando de apontar o caminho da verdadeira alegria e felicidade. Espero que O queiras conhecer para o seguir. Vamos fazer a grande família de Jesus sendo amigo d’Ele e de todos.
Sabes, um poeta muito famoso disse uma vez que “o sonho comanda a vida”. Nos sonhos, tudo aquilo que o teu coração deseja torna-se realidade. Mas também podes sonhar com os olhos abertos. Basta que tenhas um coração cheio de amor e a magia acontece. Ajuda os teus pais a sonhar. Jesus já sonha contigo. O coração Dele é enorme e ama-te.
8 – Creio em ti, caro/a cristão/ã, que, como eu, és discípulo/a peregrino/a de Cristo. Amo--te profundamente e agradeço a tua presença fiel, que tanto alegra a nossa grande família cristã. Espero que partilhes esta boa nova a todos que te são próximos e em todos os ambientes onde estás presente.
+ Jorge Ortiga, A.P.
3 de Janeiro de 2013.
Dados Biográficos
1944: A 5 de Março, nasce na freguesia de Brufe, concelho de V.N. de Famalicão, filho de José Joaquim da Costa Ortiga e de Lucinda da Costa Ferreira.
1955-67: Com 11 anos, entra no Seminário de Nossa Senhora da Conceição, depois em 1960 para o Seminário de S. Tiago e em 1963 para o Seminário Conciliar, Braga, no qual concluiu o curso Teológico-?-Filosófico em 1967.
1967: É ordenado presbítero no dia 9 de Julho, por D. Francisco Maria da Silva, e a 16 de Julho celebra a Missa-Nova em Brufe, a qual foi a primeira eucaristia concelebrada, possibilitada com a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II, na Arquidiocese de Braga. Em Setembro é nomeado coadjutor da paróquia de ?S. Victor, Braga.
1968-71: É enviado a frequentar o Curso de História Eclesiástica na Faculdade de História da Universidade Gregoriana, em Roma, concluindo a licenciatura em 10 de Outubro de 1970. No ano seguinte, frequenta em Grottaferrata um curso de espiritualidade sacerdotal, orientado pelo Instituto Mystici Corporis.
1971-73: Regressado a Braga, passa a trabalhar na Secretaria Arquiepiscopal colaborando na Igreja dos Terceiros e leccionando aulas de História nos Seminários, sendo ainda responsável Secretariado Arquidiocesano das Vocações.
1973-87: Nomeado Reitor da Igreja dos Congregados (Braga) e Capelão da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e Santa Ana, erecta na mesma Igreja. Entretanto, em 1981, é nomeado Vigário Episcopal para o Clero e a 6 de Março de 1985, nomeado para integrar o Cabido Metropolitano e Primacial de Braga. ?E com apenas 43 anos, o Papa João Paulo II nomeou-o Bispo titular de Nova Bárbara e Auxiliar de Braga, a 9 de Novembro de 1987.
1988-99: A 3 de Janeiro de 1988, foi ordenado bispo pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, na Cripta do Sameiro.
1999: A 5 de Junho deste ano foi tornada pública a sua nomeação para Arcebispo de Braga, tendo então 55 anos, tomando posse a 18 de Julho, na Sé Catedral.
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