Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Especial cuidado em decorar a entrada da Igreja.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Nós somos as pedras vivas – F. Santos

[Glória] Glória a Deus nas alturas – Az. Oliveira

[Apresentação dos dons] Eu vi a cidade santa – F. Santos

[Comunhão] O templo de Deus é santo – C. Silva

[Final] Somos a Igreja de Cristo – M. Silva

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações da festa da dedicação da Basílica de Latrão

[Prefácio] Prefácio da dedicação de uma Igreja, fora da Igreja dedicada

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

[Bênção] Bênção solene da dedicação de uma Igreja

Catequese Mistagógica

Recolha das ofertas 

Apesar das dificuldades ministeriais de São Paulo com respeito à igreja em Corinto, o apóstolo dos gentios dedica dois capítulos da segunda epístola para orientar os coríntios a contribuírem com os pobres de Jerusalém. Ele enaltece a importância dessa missão, classificando-a como paraklesis, assistência aos santos. Essa preocupação é resultado de alguns conceitos teológicos que ele absorveu, contrastados com o conceito de prosperidade pagã que os coríntios tinham e precisavam desconstruir. 

Percebendo que esta teologia da coleta, como assistência aos pobres, é expressão caritativa da fé celebrada, então entendemos o sentido da recolha das ofertas do povo santo de Deus, durante a celebração da Eucaristia, durante a preparação do altar, para serem levadas também como oferenda. Segundo o número 73 da IGMR, “além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística”.

Ministérios Litúrgicos

Porque a celebração da dedicação de uma Igreja é sempre uma oportunidade de valorização da diversidade eclesial, que constitui a unidade fundamental da Igreja, que o Pão da Vida fortalece e alimenta, valorize-se a diversidade ministerial: que todos façam tudo e só aquilo que lhes compete. Haja equipa de acolhimento para dar as boas-vindas; cantores e leitores bem preparados para a o canto e a proclamação da Palavra, respetivamente; acólitos para os diversos serviços; servidores que recolham as ofertas; ministros extraordinários da comunhão para a comunhão dos fiéis (inclusive dos doentes); e o presidente da celebração que oriente bem a celebração, preparando bem a homilia, rezando com serenidade todas as orações, promovendo momentos de silêncio e cantando o que lhe está atribuído.

Incensação

Dado o teor festivo desta solenidade, use-se o incenso nos momentos previstos durante a celebração: ritos iniciais, Evangelho, apresentação dos dons e narração da instituição.

Rito de aspersão

Sugere-se que, neste Domingo, o momento de preparação penitencial seja substituído pelo rito de aspersão de água benta.

Evangelho para os jovens

A basílica de São João de Latrão, que foi sede papal até ao século XVI, é considerada a “mãe de todas as Igrejas”, constituindo, assim, um sinal do amor, da unidade e da sinodalidade de toda a Igreja. Num dos seus sermões, São Cesário de Arles exortava com as seguintes palavras: “pela graça de Cristo, irmãos caríssimos, celebramos hoje com alegria e júbilo o dia aniversário da consagração deste templo. Mas nós é que devemos ser o templo vivo e verdadeiro de Deus.” Assumindo plenamente este repto, seja esta festa uma oportunidade para que todos se sintam membros ativos e criativos na vida da Igreja.

Profissão de fé

Propõe-se que a profissão de fé seja feita segundo a fórmula batismal.

Oração Universal

V/ Irmãos e irmãs caríssimos: em comunhão com a Igreja de Roma e recordando a dedicação da basílica de Latrão, mãe de todas as igrejas do mundo, cantemos com alegria: 

R/ Santificai, Senhor, a vossa Igreja. 

1. Para que a santa Igreja católica e apostólica beba das águas do rio da vida e produza frutos abundantes de santidade no caminho que é convidada a percorrer com todos, oremos. 

2. Para que os bispos, presbíteros e diáconos edifiquem a Igreja sobre o alicerce dos apóstolos e eduquem a fé dos fiéis e dos catecúmenos, oremos. 

3. Para que os cristãos da nossa Arquidiocese tenham em Deus o seu refúgio e a sua força, e a Ele se entreguem, desde o início de cada dia, oremos. 

4. Para que, pela ação do Espírito Santo, seja suscitada a paz nos corações dos fiéis e saciada com os seus dons toda a humanidade, oremos. 

5. Para que os religiosos, as religiosas e os leigos, fiéis ao seu Batismo e aos dons de Deus, cooperem no crescimento das comunidades cristãs e se esforcem pelo seu processo de renovação espiritual e pastoral, oremos. 

6. Para que os que vêm orar a esta igreja aprofundem a sua vocação de filhos de Deus, ao participarem na Palavra e na Eucaristia, oremos. 

    

   V/ Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que no corpo do vosso Filho feito homem construístes o templo da vossa glória, transformai a nossa oração comum em fonte de bênção para a humanidade. Por Cristo, nosso Senhor. 

   R/ Ámen.

    

    

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos. Da mesma forma, o Pão da Eucaristia é o Pão vivo descido do céu para a vida eterna. O Maná, pão simbólico do povo de Deus no deserto, não defendia o povo da morte corporal porque quem dele comia morria; todavia, quem comer o Pão que Jesus nos dá viverá eternamente. Por isso ele é verdadeira comida porque Ele não adia apenas a morte, mas instaura-nos na Vida, no Deus que é fonte de Vida. Todos aqueles que são associados ao Sacramento da Eucaristia, mesmo que tenham falecido, não são associados como mortos. Ao serem associados à celebração do Pão da Vida, mesmo os que já partiram para a vida eterna estão vivos na comunhão dos Santos pois, para Deus, todos estão vivos.

Sair em missão

Inspirados pela celebração da dedicação da Basílica de São João de Latrão, renovemos, em cada dia desta semana, as nossas promessas batismais, recordando que somos filhos amados de Deus, membros do Corpo de Cristo que é a Igreja e templos do Espírito Santo. Que esta memória agradecida do Batismo nos faça mais comprometidos na vida da comunidade cristã, integrando algum grupo litúrgico, formativo, caritativo ou de apostolado, porque ninguém pode ser cristão sozinho.