Arquidiocese de Braga -

17 junho 2024

Assembleia Sinodal procura trilhar futuro diferente para a Igreja de Braga

Fotografia DM
Video

Francisco de Assis - DM

Terceiro Momento de oração, reflexão e partilha aconteceu no sábado, 15 de junho, no Espaço Vita.

O Espaço Vita, em Braga, acolheu no sábado, 15 de junho, a III Assembleia Sinodal, com o tema “Imaginar um futuro diferente”. No evento, em que participou o Arcebispo de Braga, os participantes, fiéis e religiosos, através de momentos de oração, reflexão e partilha, procuraram trilhar um futuro diferente para a Igreja de Braga, num caminho que se quer com todos ou seja, em que ninguém está excluído.

Também por isso, o primeiro momento foi de oração, pedindo sobretudo ajuda do Espírito Santo, na convicção  que, sem oração, sem a comunhão com Deus, os homens não podem fazer nada. «Sem oração não há missão, sem oração não há comunhão com Deus, não há eucaristia», como insistiu o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro.

O momento de oração inicial foi orientado pela Comunidade Shalon de Braga, que procurou envolver todos os presentes na oração, nos cânticos e na coreografia, falando e dirigindo-se à pessoa que estava ao lado ou em frente. Uma atitude para reforçar a ideia de que só juntos, em verdadeira comunhão, é possível fazer este “Caminho de Páscoa”  até 2033; e cumprir o sonho de «Levar Jesus a Todos e Todos a Jesus».

Recorde-se que esta III Assembleia Sinodal centrou-se em dois trilhos: “Conversão ao Evangelho” e “Oração e Vida Espiritual”, dois trilhos do programa pastoral arquidiocesano que tem como lema “Juntos no Caminho de Páscoa, Levar Jesus a todos e todos a Jesus”. 

O Conselho Pastoral Arquidiocesano, liderado pelo padre Sérgio Torres, acredita que a essência de uma Igreja renovada e capaz de sair em missão reside na riqueza da sua vida espiritual.

Estes trilhos devem servir para alimentar a Pastoral a longo prazo e, mais tarde, serem convertidos em estratégias e objetivos. No sábado, o padre Sérgio deu alguns exemplos que podem servir de orientação. Ou seja, de uma paróquia, movimento ou instituto religioso, podem surgir. Por exemplo, uma “oficina de oração e vida”, que ensina a rezar, um grupo que ensina a ler a Bíblia. Ou seja, o importante é haver uma resposta para as solicitações que possam surgir. 

 

Arcebispo de Braga convicto que este é um caminho sem retorno

Na sua intervenção, D. José Cordeiro mostrou-se convicto que este é um «caminho sem retorno».

«Juntos queremos percorrer o caminho da Páscoa, em cada ano, procuramos acentuar um dos trilhos traçados», disse o Arcebispo de Braga, sublinhando que este caminho deve ser percorrido o mais possível com todos.

E deu o exemplo da Peregrinação Arquidiocesana do dia 2 de junho, que culminou com o encerramento do V Congresso Eucarístico. Isto é, na peregrinação estavam muitos milhares de pessoas, mas cerca de metade delas optou por regressar sem participar na Missa.

«Mais do que participar nos sacramentos, é preciso sermos sacramento».

Tanto o padre Sérgio como D. José Cordeiro citaram o antigo Arcebispo de Braga, São Bartolomeu dos Mártires, que dizia que é preciso «arder para iluminar, para incendiar». Ou seja, a Igreja de Braga só pode ter sucesso neste Caminho de Páscoa, de levar Jesus a todos e trazer todos a Jesus, se ela própria, os cristãos, as paróquias e a Arquidiocese no seu todo estiverem a «arder», em oração e sobretudo em atitudes, se estiverem «verdadeiramente convertidos» ao Evangelho. D. José enfatizou que não há futuro diferente «sem fidelidade ao Evangelho».

Depois da sessão de abertura, os participantes dividiram-se em pequenos grupos, sobretudo para escutar o outro e dar sugestões que possam ser postas em prática, para mudar a Igreja.