Arquidiocese de Braga -
7 abril 2025
Peregrinação Jubilar de Celorico de Basto desafia ao perdão e à vida com dignidade

DM - Francisco de Assis
Pode dizer-se que todo o território de Celorico de Basto se mobilizou neste domingo, 6 de abril, para a sua Peregrinação Jubilar à Sé Catedral de Braga para, também em união com as 552 paróquias da Igreja Arquidiocesana, rezar e partilhar a esperança de um mundo mais humano, mais cristão e, consequentemente com mais dignidade.
Na homilia da eucaristia, o Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, insistiu na importância de os cristãos aproveitarem este tempo favorável da Quaresma, para pedirem perdão e para perdoarem, uma vez que só com uma vida renovada se alcança a verdadeira dignidade.
Como tem acontecido com todas as peregrinações jubilares, a concentração dos peregrinos deu-se na igreja de S. Pedro e S. Paulo, onde Hugo Henriques, do Conselho Pastoral e do Postulada da Causa da Canonização de Frei Bernardo de Vasconcelos, contextualizou os “peregrinos de esperança” sobre a cerimónia.
Aliás, a Peregrinação Jubilar de Celorico de Basto decorreu sob invocação dos dois verenáveis de Celorico, Frei Bernardo e o padre Albino Alves da Cunha e Silva.
“Que os Veneráveis Frei Bernardo e Padre Albino sejam para nós modelos de santidade e inspiração nesta caminhada, ajudando-nos a viver intensamente o Jubileu, como um tempo de encontro com Deus e de serviço aos irmãos”.
Uma das marcas desta peregrinação foi a união da comunidade de Celorico. Basta ver que, para além dos líderes religiosos, o presidente da Câmara de Celorico, José Peixoto Lima, seus vereadores e vários presidentes de junta também peregrinaram até à Igreja Mãe da Arquidiocese.
Antes de iniciar a homilia propriamente dita, D. Delfim Gomes fez questão de dar as boas-vindas a todos, num caloroso acolhimento. Desde o arcipreste e vice-arcipreste, povo cristão, o autarca aos seus vereadores. “Fazemos parte deste todo, que é a Arquidiocese de Braga, com as 552 paróquias, com centenas de Irmandades e Confrarias, com tantas comissões, departamentos, tanta gente boa, que anuncia, testemunha e celebra o mesmo Senhor, o Ressuscitado. Bem-vindos”, saudou.
O Bispo Auxiliar citou Isaías, na primeira leitura, que convida a não ter medo, a não pensar no passado, “porque o que está para vir é ainda mais admirável”.
No entanto, referiu D. Delfim, “é no Evangelho que está plasmada a melhor orientação para o nosso caminho, o sinal perfeito até à Páscoa, o perdão que Jesus concede à mulher pecadora, que nós ouvimos no Evangelho”.
Na reflexão do prelado, ao dizer “Eu também não te condeno, Jesus infundiu muita confiança, com advertência de não tornar a pecar. Pois significava voltar a viver, a esperar, volta para casa, retomar a sua dignidade”.
“A experiência daquele perdão, daquela compreensão infinita por parte de Jesus, reergueu aquela mulher”, reforçou.
“Meus caros irmãos, Deus, para além de perdoar, não se fica por aqui. Quer que os seus filhos caminhem em direção à vida nova, que deixem a vida sem dignidade que é o pecado e apontem a uma vida com sentido, livre e plenamente realizada. Temos de aprender com ele e agirmos com coração misericordioso”, disse, recordando que Deus não se cansa de perdoar. O problema é que os homens muitas vezes deixam de pedir perdão, como disse o Papa Francisco. “Não nos cansemos, jamais, de pedir perdão”.
Depois da missa, a grande comunidade de Celorico de Basto visitou o rico Tesouro-Museu da Sé, bem como as capelas mais “privadas” e o Coro Alto, com todo o seu esplendor.
No regresso, a comitiva fez uma paragem no Santuário da Penha, em Guimarães, para um convívio.
A próxima Peregrinação Jubilar é do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso, no dia 27 de Abril.
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