Arquidiocese de Braga -

20 junho 2025

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

Fotografia DACS

Francisco de Assis - DM

Celebrar o Santíssimo Corpo de Cristo é um apelo à partilha e ao cuidado com os outros

A Festa do Corpo de Deus reuniu milhares de pessoas nas ruas da cidade de Braga, na tarde desta quinta-feira. 

O Bispo Auxiliar de Braga presidiu, esta quinta feira, à solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. No evento religioso na Sé Catedral e nas ruas de Braga, D. Delfim Gomes enfatizou que celebrar o Corpo de Deus é, por um lado, «fazer memória» de um acontecimento do passado, que se estende ao futuro; e por outro, representa também um apelo à partilha, à caridade fraterna e ao cuidado com o outro.

Aproveitando as leituras do dia, sobre o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, mas também a Última Ceia, o Bispo Auxiliar recordou as palavras de Cristo. «De que devemos fazer memória. É a memória do amor? Devemos fazer memória do facto de Jesus nos ter amado até ao fim, entregando-nos o seu Corpo e o seu sangue, toda a sua vida, tal como a Igreja o faz há 2000 anos, e que São Paulo nos relata também na segunda leitura. E dizia: todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor até que ele venha. São Paulo é o primeiro que nos narra a instituição da Eucaristia. Diz-nos como Cristo nos pediu para celebrarmos este seu memorial, este sacramento tão sensível e tão e profundo».

O pão partido e o vinho repartido entre a comunidade que são o corpo e o sangue de Cristo. «Este Memorial do Senhor não é apenas lembrança de um acontecimento passado. Ele estende se também ao futuro e a sua celebração atualiza-o. O memorial da redenção em Jesus Cristo. Ontem, hoje e por toda a eternidade».
 

Cristo provocou os apóstolos e a Igreja de hoje

Na homilia, D. Delfim Gomes transpôs a eucaristia para a vida das pessoas.

Segundo o Bispo Auxiliar, a multidão estava cansada e faminta e o Senhor provocou os apóstolos. «Dai-lhes vós de comer. É o pedido que nos continua a fazer. É cada um de nós e a Igreja em geral. Dai-lhe vós de comer. Apelando, exigindo a caridade fraterna, ou seja, proximidade, escuta, partilha, cuidado com os outros. Vir a fonte do amor, que é o altar, é acolher todo o corpo de Cristo, é a comunhão com Ele e com os irmãos».

O prelado destacou ainda outra lição de Jesus. O que fizerdes ao mais pequenino, é a mim que o fazeis. «Por isso, a Eucaristia é também uma escola de amor ativo ao próximo».

Depois da missa, o povo cristão saiu às ruas de Braga, em procissão do Santíssimo Sacramento, em sinal de fé pública.

 

Fotografias: DACS