Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo floral, no qual esteja incluído um vaso, contendo sementes.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Ao Senhor do Universo – F. Silva

[Preparação Penitencial] Kyrie, eleison – M. Carneiro 

[Glória] Glória a Deus nas alturas – Az. Oliveira 

[Apresentação dos dons] Pai, Filho, Espírito Santo – A. Cartageno

[Comunhão] Recebestes um Espírito – C. Silva

[Final] Glória a Ti, Jesus Cristo – C. Silva

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações da solenidade da Santíssima Trindade

[Prefácio] Prefácio próprio da solenidade

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

[Bênção] Oração de Bênção sobre o Povo 11

Catequese Mistagógica

Silêncio na celebração

O silêncio é parte integrante da oração e da celebração litúrgica (cf. SC 30). «Por meio deste silêncio, os fiéis não se veem reduzidos a assistir à ação litúrgica como espectadores mudos e estranhos, mas são associados mais intimamente ao Mistério que se celebra, graças àquela disposição interior que nasce da Palavra de Deus escutada» (MS 17).

A finalidade deste silêncio «visa obter a plena ressonância da voz do Espírito Santo nos corações e unir mais estreitamente a oração pessoal à Palavra de Deus e à oração oficial da Igreja» (IGLH 202). O silêncio não é só privação de ruído ou de palavras. Não é passividade, nem indiferença ou ausência. É presença, acolhimento, atenção, reflexão, ressonância, assimilação, personalização do que se celebra, interiorização do mistério, espaço de liberdade, para que atue o Espírito. É a partir do silêncio que se pode escutar. Do silêncio brotam as melhores palavras e a verdade dos gestos. 

Na Missa, o silêncio pode ajudar muito a qualidade da celebração, pelo que deve ser abundante e valorizado: depois de escutar as leituras bíblicas e a homilia, entre o convite «oremos» e a oração presidencial; no momento do ofertório, enquanto se prepara o altar; na preparação imediata da Comunhão, tanto por parte do sacerdote como da comunidade; depois da Comunhão, aprofundando o mistério recebido. 

Em cada uma destas ocasiões, a finalidade do silêncio pode ser diferente: com o silêncio, os fiéis «concentram-se em si mesmos», «refletem sobre o que ouviram», «louvam e dão graças a Deus no seu coração e oram», «a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções» (cf. IGMR 45 e 54).

Ministérios Litúrgicos

No fim de uma leitura, o leitor deve repetir no seu íntimo o que Jesus disse aos discípulos: “tenho ainda muitas coisas para vos dizer”. Acabada a leitura, o leitor não pensará que a sua missão está cumprida. Os mistérios de Deus são incomensuráveis. Precisamos da eternidade para os comtemplar. Por isso, é necessária a infusão do Espírito para nos guiar à verdade plena. Não com mais palavras, mas dilatando o coração.

Evangelho para os jovens

Apesar de vivermos num mundo onde a sabedoria da humanidade, por vezes, não deixa que a sabedoria de Deus venha ao seu encontro, somos, também, esperança no mundo. A sabedoria desperta em nós esta virtude que nos traz a paz e a fé de vivermos em Deus Trino e por Deus Uno, na Sua Igreja, e que Cristo a faz santa.

Todos nós, que juntos também somos um, temos um papel ímpar na construção da Igreja Una, que caminha unida, na missão de dar vida à Sua Palavra, como “peregrinos de esperança”, que se esforçam por dar corpo à Igreja Sinodal.

Profissão de fé

Antes da profissão de fé, propõe-se a seguinte admonição, acompanhada do gesto de acender os três círios que estarão diante da Cruz:

A Santíssima Trindade abençoa a nossa vida com dons maravilhosos.
Desde o início de tudo e de todos, Deus Uno está presente na vida de cada um de nós, na vida da Igreja que caminha sinodalmente.

[Acender o 1º círio]

Senhor da Vida, Eu creio em Vós, que sois o Pai Criador.

[Acender o 2º círio]

Eu creio em Vós, que sois o Filho Salvador.

[Acender o 3º círio]

Eu creio em Vós, que sois o Espírito Santo, o Deus de amor.

Façamos a nossa profissão de fé.

Oração Universal

V/ Caríssimos irmãos e irmãs: oremos a Deus Pai todo-poderoso, por intercessão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador, e na força do Espírito Santo, que nos foi dado, cantando, cheios de confiança:

R/ Ouvi, Senhor, a nossa súplica.

1. Pela santa Igreja de Deus verdadeiro, que se estende por todo o universo, para que seja revelação do seu mistério, oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

2. Pelas pessoas ofendidas e humilhadas e pelas que sofrem a doença e a solidão, para que encontrem quem lhes preste auxílio, oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

3. Por todos os que, como nós, adoram o Deus único, especialmente os Judeus e os Muçulmanos, para que o Espírito os leve à verdade plena, oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

4. Por aqueles a quem Deus dá a sabedoria de verem no ser humano quase um ser divino, para que defendam e promovam a sua dignidade, oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

5. Pelas famílias da nossa comunidade (paroquial), em processo de renovação espiritual e pastoral, para que a Palavra e o Pão da vida as façam crescer na unidade, oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

V/ Pai santíssimo, que criastes o universo e por Jesus Cristo, vosso Filho e Deus convosco, nos enviastes o Espírito da verdade, ouvi as orações do vosso povo e alegrai-nos com a vossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

A Santíssima Trindade é o Mistério do UM e da UNIDADE. Ao proclamarmos o Deus UM, nós proclamamos também a sua UNIDADE. O Seu ser UM resulta da UNIDADE na comunhão. Isso nos diz o Evangelho: o Espírito Santo não fala de Si mesmo, tudo o que o Pai tem é de Cristo e Cristo tudo coloca nas mãos do Pai. Pela Eucaristia, nós somos integrados nesse vórtice de amor/comunhão. Como dizia Santo Agostinho: “por meio do sacramento, é o próprio Cristo que vos alimenta, para que sejais o que recebeis”. O Espírito Santo realiza a presença de Cristo no sacramento, Cristo é consubstancial ao Pai e ao Espírito e a Comunhão eucarística que une o fiel a Cristo é participação na vida divina, ou seja, trinitária.

Sair em missão

Caminhemos sinodalmente ao encontro dos jovens que sofrem, porque se afastam do Espírito de amor da Trindade Una. Vamos! O Filho Jesus alimenta-nos com o Seu Pão vivo! Levemos aos quatro cantos do mundo a sabedoria de vivermos em paz, justificados pela fé inabalável que sentimos na Palavra do Pai, nosso Deus e Senhor. Para isso, podemos rezar todos os dias o “Passo a Rezar”, pois o Espírito ainda tem muitas coisas para nos dizer!