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CMAB | Braga| 8 Fev 2018
Notificados para a esperança...
Margarida Carvalho enfermeira | centro missionário arquidiocesano de braga
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1. “Mantenha-se em contacto e atento aos outros”. Esta é uma das 10 recomendações da Direcção-Geral de Saúde para o Plano de Saúde Sazonal deste Inverno. Contudo, poderia bem ser uma recomendação não sazonal para nós mesmos; uma luz intermitente em forma de notificação que nos fizesse parar e (re)pensar na nossa missão perante aqueles mais frágeis que vivenciam a experiência do sofrimento.

2. No panorama demográfico actual do nosso país predomina uma classe cada vez mais idosa para a qual os últimos anos de vida são, muitas vezes, acompanhados por situações de fragilidade e incapacidade por motivo de doença, tornando os nossos idosos mais dependentes. Para além destes, temos também cada vez mais adultos, jovens e crianças incapacitados pela doença. Perante esta realidade, questiono-me se temos consciência da quantidade de doentes que vivem sós ou que estão bastante limitados a nível de recursos; de que existem doentes que quase se vêm obrigados a não comparecer a consultas/tratamentos por limitação da sua condição física, de transporte ou simplesmente de alguém que os acompanhe; do que é viver a experiência do sofrimento em solidão; de que os doentes e os seus cuidadores precisam de que não nos esqueçamos deles. É fácil arranjar pretextos para não nos deixarmos envolver pelo sofrimento dos outros: temos a vida imensamente ocupada; não somos capazes de lidar com situações de sofrimento; não sabemos o que dizer nessas situações, entre outros. Mas os doentes precisarão de quem lhes fale ou de serem escutados? Não precisam que lhes digamos que “vão ficar bem”; precisam, sim, que digamos (não necessariamente por palavras) “não estás só” e que sejamos uma presença de esperança.

3. É certo que as instituições de saúde (sejam hospitais, centros de saúde, lares, associações de doentes), bem como todos os profissionais de saúde ou cuidadores informais têm como foco da sua missão o doente. Vemos nestes o dever e a missão de cuidarem dos nossos doentes e, inconscientemente, vemo-nos livres dessa “quase obrigação”. Diria até que, perante as lacunas que se verificam em questões de cuidados de saúde ou questões sociais, somos os primeiros a apontar o dedo às instituições, aos profissionais, ao Governo, como se coubesse apenas a esses o dever de cuidar dos nossos doentes. Tendemos também a esquecer a família e aqueles que passam os dias a cuidar dos seus (por amor, é certo!). Contudo, é também desses que temos o dever de cuidar, no sentido de estar com, de vigiar, de estarmos atentos, de nos preocuparmos, de nos interessarmos pelo outro que sofre. Quem não conhece uma D. Maria ou um Sr. António que vive próximo da nossa casa e está doente? Quem não conhece um adulto que está a passar pela experiência do sofrimento devido a um cancro? O que temos feito por eles? Será que estão confortáveis em casa? Será que se têm alimentado bem? Como têm passado estes dias de Inverno rigoroso?

4. Na sua mensagem para o XXVI Dia Mundial do Doente (11 de Fevereiro), o Papa Francisco pede-nos que, à semelhança de Maria, sejamos um testemunho de proximidade, de perseverança e de esperança para os que sofrem na adversidade da doença. A todos aqueles que, de forma voluntária e por amor, se empenham ao serviço dos nossos doentes e/ou dos que deles cuidam deixo o meu agradecimento e admiração.

Artigo publicado no Suplemento Igreja Viva de 08 de fevereiro de 2018.

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