Arquidiocese de Braga -

8 fevereiro 2013

BENS PATRIMONIAIS - 10 ANOS

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António Gerardo Monteiro Esteves

Hoje, 8 de Fevereiro, completam-se dez anos de atividade da Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais, constituída pelo Senhor Arcebispo Primaz, Dom Jorge Ortiga, que a integrou no IHAC – Instituto de História e Arte Cristãs.

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Hoje, 8 de Fevereiro, completam-se dez anos de atividade da Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais, constituída pelo Senhor Arcebispo Primaz, Dom Jorge Ortiga, que a integrou no IHAC – Instituto de História e Arte Cristãs.
Esta Comissão, que substituiu a anterior Comissão de Arte Sacra, apresenta uma fisionomia pluridisciplinar, quanto a diversidade de solicitações de intervenção que o património da Igreja requer: História da Igreja, História da Arte, Arqueologia, Arquitetura, Engenharia, Museologia, entre outras disciplinas e áreas.
A Igreja sempre primou por criar espaços de encontro com Deus. E soube concebê-los equilibrados, assinalando coerentemente as fronteiras entre interior e exterior, entre espaço sagrado e profano, entre vazio e cheio, entre o silêncio e o bulício quotidiano, entre superfície nua e painel ornamentado.
Quando mergulhamos nas transcendentes catedrais, quando visitamos humildes igrejas ou, ainda, simples capelas, encontramos sempre algo que nos fascina ou chama a atenção pelo seu valor histórico, patrimonial, arqueológico ou litúrgico. Referimo-nos às paredes, talhas, pinturas, esculturas, paramentaria e toda indumentária litúrgica, bem como às alfaias litúrgicas, muitas delas de valor e qualidade impar que sublinham muito bem o ditado popular: “para Deus o melhor”…
   É para o imenso e generoso Património da Igreja que existe a Comissão para os Bens Patrimoniais, visando zelar, proteger e orientar o património artístico móvel e imóvel que a Arquidiocese detém e cada Paróquia gere, procurando sempre aconselhar acerca da idoneidade das intervenções desejadas e necessárias, para defesa, conservação e restauro do existente ou, ainda, valorização dos acrescentos ou ampliações.
A Comissão Para os Bens Patrimoniais não existe para burocratizar, antes para analisar, aconselhar e desaconselhar, além de fiscalizar o que se vai fazendo no Património religioso e catequético, da esfera da Arquidiocese de Braga, com uma área de ação generosa e muito trabalhosa.
Muito tem sido feito, também na área da inventariação. Desde 2007 que a Comissão trabalha no projeto da “Inventariação do Património da Arquidiocese de Braga. Criação de uma Base de Dados”.
A Comissão preocupa-se ainda com as demolições, sempre muito estudadas e – quando admitidas – de cuidada execução.
Ocupa-se ainda a Comissão de todos os processos de aquisição ou alienação de património eclesiástico. Os critérios são sempre os da prudência, os da avaliação por peritagem, a ponderação superior do Conselho Económico da Arquidiocese.
Mais recentemente, a Arquidiocese proporcionou às Paróquias o “Gabinete de Restauro”, orientado e vocacionado para as estruturas retabulares, talha em geral, imaginária e pinturas de tela. É um trabalho de grande exigência e sensibilidade que implica uma entrega e profissionalismo, sempre na defesa deste tipo de património, procurando a integridade, unidade e harmonia do conjunto.
Cada processo que as Paróquias estão obrigadas a submeter à apreciação e autorização do Senhor Arcebispo é analisado pela Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais. Esta emite um Parecer com as considerações pertinentes, de modo a salvaguardar o necessário, propondo o (in)deferimento.
Em 2005 o Senhor Arcebispo Primaz publicou a brochura intitulada “Bens Patrimoniais da Igreja”, onde estão as linhas gerais de atuação da referida Comissão. O documento citado está disponível nos Serviços Centrais da Arquidiocese, à Rua de S. Domingos, em Braga.
Ainda que reconhecendo que há muito para fazer, a Arquidiocese está a estudar uma data e a preparar um programa para assinalar a efeméride dos 10 anos da Comissão, que bons frutos tem produzido, com significado expressivo no campo da Fé e dos móveis e imóveis que a espelham.