Arquidiocese de Braga -

30 julho 2014

D. JORGE ORTIGA QUER IGREJA E SOCIEDADE COM MAIOR PRESENÇA DO FEMININO

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O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, defendeu ontem a necessidade de uma «maior presença do feminino» no seio da Igreja e da sociedade. O prelado bracarense, que enquadrou a sua ideia no âmbito «das propostas que têm sido feitas pelo papa Francisco», fez

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O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, defendeu ontem a necessidade de uma «maior presença do feminino» no seio da Igreja e da sociedade. O prelado bracarense, que enquadrou a sua ideia no âmbito «das propostas que têm sido feitas pelo papa Francisco», fez saber que a humanidade «só tem a ganhar com a maior sensibilidade  da mulher para as realidades da vida verdadeiramente importantes».

Aproveitando o «exemplo inspirador» de Santa Marta, que apontou como «um modelo de acolhimento e de ternura», D. Jorge Ortiga defendeu que «uma presença mais marcante da mulher» gera uma sociedade «mais humanizada». A propósito, o líder espiritual da Arquidiocese de Braga recordou que a casa de Santa Marta «foi por diversas vezes» o espaço eleito para Jesus Cristo encontrar o «repouso», o «acolhimento» e a «ternura» de que «todos precisamos para reganhar forças».     

 «Uma presença mais marcante do feminino na sociedade e na Igreja gera uma maior  disponibilidade para o acolhimento»,  disse o Arcebispo de Braga, que falava na homília da missa solene inscrito no programa religioso da romaria de Santa Marta das Cortiças. 

«O essencial da mulher é esta capacidade de acolher. a que eu chamo de ternura», continuou o Prelado, precisando que «esta presença do feminino deverá ser marcada por esta ternura e por este carinho que se oferece a toda e qualquer pessoa, sejam quais forem os seus defeitos e as suas virtudes», continuou D. Jorge Ortiga, vincando que o Papa Francisco «tem feito sucessivos apelos à necessidade de a maior presença do feminino [na sociedade e na Igreja] serem motivar uma maior capacidade de oferecermos ternura aos outros e, simultaneamente, sentirmos os benefícios da ternura, quando a recebemos».

«A casa de Santa Marta era uma casa de ternura e de carinho. Viviam essas virtudes em família de, depois, ofereciam-nas aos outros», recordou D. Jorge, lamentando o facto de vivermos hoje «numa sociedade da indiferença, que limita ao acolhimento e o carinho à família e ao grupo de amigos cada vez mais restrite e em que, nem sempre, a amizade é verdadeira e liberta de interesses». «Importa que também sejamos capazes desta arte do acolhimento. E que sejamos capazes de acolher com muita alegria», acentuou oD. Jorge Ortiga, vincando que «devemos acolger os outros como eles são, com os seus defeitos e as suas virtudes». 

D. Jorge alerta para incómodos

O Arcebispo de Braga alertou ontem para as questões relacionadas com a segurança no santuário de Santa Marta das Cortiças. Na homília que preferiu na missa solenizada da romaria, o Prelado bracarense defendeu que a «necessidade de serem criadas condições para nos sentirmos em contacto com a natureza e termos a certeza de que ninguém nos irá importunar». 

Os reparos discretos do Prelado bracarense ao desconforto com que, frequentemente, são confrontados os fiéis que se deslocam ao cimo do monte para fruírem do «repouso e do acolhimento» possibilitado pelo santuário é motivado por episódios protagonizados para casais de namorados, que passaram a frequentar os espaços envolventes à capela de Santa Marta, desde que o Monte do Picoto ganhou uma nova vida, com as obras que lá se realizaram. 

«Que esta área da capela de Santa Marta e dos espaços envolventes sejam, verdadeiramente, um lugar de desacanso e que todos aqueles que passam por aqui, seja de dia seja de noite, seja ao domingo seja à semana, possam experimentar a fruição do descanso e da tranquilidade que precisamos retemperar as energias», acrescentou D. Jorge Ortiga, sem nunca referir a existência de algum sentimento de insegurança.             

DM 30 de Julho de 2014