Arquidiocese de Braga -

Terminou ontem, no Seminário Nossa Senhora da Conceição, o estágio de admissão de seminaristas promovido pela Arquidiocese de Braga.

Participaram neste último passo de descoberta vocacional 14 jovens, entre os 12 e os 16 anos, provenientes de diferentes arciprestados da Arquidiocese, do litoral ao interior.

Quase todos estes candidatos vêm dos encontros do pré-Seminário que decorreram uma vez por mês desde outubro do ano passado. Três deles foram acompanhados pelos seus párocos que nas comunidades propõem esta experiência vocacional. O estágio está a decorrer desde a tarde de quinta-feira e segundo o padre Avelino Amorim, diretor do Seminário Menor, «é imprescindível» para o acesso ao Seminário.

Neste período de quatro dias procura-se reproduzir, de certa forma, o que é o quotidiano na vida do Seminário.

«O objetivo principal é que um jovem saiba o que é o Seminário, qual é a proposta de Seminário e o que implica fazer esta experiência de Seminário antes de poder dizer que a quer fazer», explica o sacerdote, referindo que a primeira palavra é sempre destes jovens, mas não é a única nem a última palavra, porque os pais também vão poder pronunciar-se no final do estágio num encontro após a celebração da Eucaristia, no Seminário Nossa Senhora da Conceição.

Este encontro é também uma partilha a partir de outros pais que têm filhos no Seminário que vão dizer o que é, o que significa, o que tem sido esta experiência de ter um filho no Seminário.

«É importante não só ser a nossa palavra de sacerdotes, mas ter também uma experiência mais pessoal e própria», refere o padre Avelino Amorim.

No final haverá um diálogo mais pessoal com os pais e com os filhos no sentido de em conjunto com os formadores se averiguar se este é o momento do jovem iniciar uma experiência de vida de comunidade no Seminário. 

Pode-se chegar à conclusão de que este ainda não é a altura apropriada e será mais oportuno para o crescimento do jovem continuar nos encontro do Pré-Seminário. Os pais terão sempre a última palavra nesta decisão.

O padre Avelino Amorim não arrista dizer que todos os 14 jovens estarão no Seminário no próximo mês de setembro, até porque estes pré-seminaristas têm diferentes idades, diferentes percursos. «Alguns já têm um ou dois anos de pré-Seminário e já estão muito imbuídos daquilo que é o espírito do Seminário, há outros que ainda estão quase numa primeira descoberta, numa primeira aproximação ao Seminário», sustenta, admitindo que possa haver um ou outro jovem que não ingresse de imediato.

As longo dos anos, os responsáveis pelo Seminário Menor têm tido a experiência de que nem todos os candidatos fazem logo a experiência de Seminário, mas quase todos continuam depois no pré-Seminário.

Diogo Cerqueira, de 12 anos de idade, é um dos “finalistas” dos encontros do pré-Seminário deste ano Pastoral. Depois do estágio, que termina hoje, o seu desejo é «entrar no Seminário». Proveniente de Cibões, Terras de Bouro, este jovem, que transitou para o 8.º ano e já não é o primeiro ano que rebebe formação no pré-Seminário, diz que se sente preparado para fazer o caminho de preparação para a vida sacerdotal. 

Diogo Rego, de 13 anos, natural de Palmeira, Famalicão, entrou este ano para o pré-Seminário e ainda está indeciso no caminho a seguir: frequentar o Seminário ou continuar a formação como pré-seminarista. Resolveu participar nestes encontros de descoberta vocacional por sugestão do pároco e influência de dois amigos que já frequentavam o seminário. No próximo ano vai frequentar o 9.º ano.

Lucas Gonçalves, 12 anos, reside em Várzeacova, Fafe, e veio para o estágio sem antes ter frequantado os encontro do pré-Seminário. O seu objetivo é preparar-se para entrar no Seminário, se não for este ano, nos próximos. Desde pequeno que na sua terra diziam que tinha jeito para ser padre. Lucas também tinha essa ideia e agora quer ter a certeza de que esse é o caminho.