Arquidiocese de Braga -

5 abril 2018

Até já, Filipa!

Fotografia

Flávia Barbosa | DACS

Artigo de Flávia Barbosa pelo Departamento Arquidiocesano da Comunicação Social.

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Um amigo é fruto de uma escolha.
É uma opção de amor.
É a descoberta da alma irmã.

É a consciência clara e permanente
de algo sublime que não está na
natureza das coisas perecíveis.

É um tesouro sem preço, um gostar
sem distância, de alguém presente
em nosso caminho, nas horas de
dúvida, de alegria, demais para ser
perdido, importante para ser
esquecido.

                      Antoine de Saint-Exupéry

 

Uma nova etapa começa hoje para todos nós: o Departamento Arquidiocesano da Comunicação Social (DACS) dá as boas-vindas ao João Pedro Quesado, o mais recente elemento da equipa. Acreditamos nos bons tempos que aí vêm e neste trabalho conjunto que prevemos frutífero. Bem-vindo, João!

O Igreja Viva de hoje conta com o último contributo da Filipa Correia. É o último de uma série que se pauta pelo rigor e profissionalismo. A Filipa acredita nas virtudes do jornalismo e isso transparece na maneira como escreve. Habituou-nos a uma leitura fluída, que se devora rapidamente. Mesmo em temáticas mais sérias ou graves, as suas palavras nunca pesaram as páginas. Pelo contrário: durante estes anos pudemos deleitar--nos com textos despretensiosos, simples e leves. Os seus artigos vão fazer-nos falta: ao DACS, ao Igreja Viva e aos leitores.

A Filipa Correia juntou-se ao DACS em 2015. Trabalhámos juntas quase três anos. Foram oito horas por dia, cinco dias por semana. Há quem diga que é difícil – impossível? – ser amigo de colegas de trabalho. Quem profere essas palavras não conhece, de certeza, a Filipa.

Não foi difícil gostar dela. Simpática, sempre de sorriso aberto, paciente, modesta, muito serena. Criativa, nunca lhe faltavam sugestões para temas a explorar. Humilde, acreditava em aprender todos os dias: não havia pergunta que guardasse apenas nos seus pensamentos se isso significasse fazer um bom trabalho. Estes e muitos outros adjectivos fizeram com que rapidamente nos tornássemos amigas muito para além do trabalho.

A Filipa foi uma lufada de ar fresco para mim e para todo o DACS. Em alturas de maior pressão ou desgaste sabíamos que ela estava lá, sempre calma. Quando a nossa tendência era ver o copo meio vazio, ela mostrava-nos que estava meio cheio. Onde houvesse caos, ela encontrava sempre um lado positivo. A minha colega e amiga abraça agora um novo desafio profissional. Vou ter saudades das nossas conversas, dos risos, das confidências e do trabalho tantas vezes a quatro mãos. Mas, acima de tudo, estou e estamos felizes por ela.

Não é fácil escrever este texto. As retrospectivas e balanços são sempre difíceis: parece que muito mais haveria a dizer, as palavras tornam-se insuficientes. 

Hoje é, sobretudo, dia de agradecer. Pela presença da Filipa, pelo seu trabalho e pelas marcas que no DACS deixou. Não há tinta ou chuva que as apague, são indeléveis. Vamos sentir a sua falta, mas, acima de tudo, vamos sempre sentir-nos agradecidos pela oportunidade que tivemos em trabalhar com ela. É, provavelmente, a palavra que melhor descreve aquilo que sentimos de momento: gratidão. Obrigada e até já, Filipa!