Arquidiocese de Braga -
13 abril 2022
Papa condena guerra “blasfema” na Ucrânia

DACS com Agência Ecclesia
O Santo Padre alertou para a “tentação de uma falsa paz, baseada no poder, que depois leva ao ódio e à traição de Deus”.
O Papa condenou esta quarta-feira a lógica da guerra e do poder, considerando que a actual guerra na Ucrânia é “um ultraje contra Deus”.
Na audiência geral semanal, Francisco referiu que “a agressão armada destes dias, como qualquer guerra, é um ultraje contra Deus, uma traição blasfema ao Senhor da Páscoa, preferindo ao seu rosto manso o do falso deus deste mundo”, e que “a guerra é sempre uma ação humana para levar à idolatria do poder”.
O Santo Padre alertou para a “tentação de uma falsa paz, baseada no poder, que depois leva ao ódio e à traição de Deus”, e explicou que, porque a Páscoa significa passagem, ela é “a ocasião abençoada para passar do deus mundano para o Deus cristão, da avidez que levamos dentro de nós para a caridade que nos liberta, da expectativa de uma paz trazida pela força para o compromisso de testemunhar, concretamente, a paz de Jesus”.
A poucos dias da celebração da Páscoa, Francisco convidou os católicos a rezar pela “paz do coração e a paz no mundo”, acrescentando que “a paz que Jesus nos dá na Páscoa não é a paz que segue as estratégias do mundo, que acredita poder obtê-la através da força, da conquista e de várias formas de imposição”, pois essa “é apenas um intervalo entre guerras”, insistiu.
O Papa declarou que a verdadeira paz passa pela “mansidão” e por “ocupar-se do próximo”, como é proposto por Cristo, mas avisou que essa é uma paz “difícil de aceitar”. “A multidão que aclamava Jesus é a mesma multidão que, alguns dias, depois grita ‘crucifica-o’ e, com medo e desilusão, não levanta um dedo por Ele”, apontou.
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