Arquidiocese de Braga -

O Papa destacou este domingo, no Vaticano, a necessidade de superar momentos de decepção e preguiça na vida pessoal para voltar às “grandes escolhas” que a movem.

A partir da janela do apartamento pontifício, Francisco explicou que é possível, “por cansaço, deceção, talvez por preguiça, que nos esqueçamos do Senhor e descuidemos as grandes escolhas que fizemos, para nos contentarmos com outra coisa”, acrescentando que “não se passa tempo a conversar na família, preferindo passatempos pessoais; esquece-se a oração, deixando-se dominar pelas próprias necessidades; a caridade é negligenciada, com a desculpa das emergências diárias”.

O Santo Padre deu o exemplo dos momentos que se seguiram à ressurreição de Jesus, quando os discípulos tentaram regressar à vida de pescadores e se confrontam com a desilusão das “redes vazias”, antes de voltarem a ver Cristo, para dizer que “quando na vida temos redes vazias, não é hora de sentir pena de nós mesmos, de nos divertirmos, de voltarmos aos velhos passatempos”, mas é tempo de “partir de novo com Jesus, de encontrar a coragem de recomeçar, de zarpar com ele”.

O líder da Igreja Católica destacou que a fé em Jesus ressuscitado convida a “mergulhar no bem sem medo de perder algo, sem calcular demasiado, sem esperar que os outros comecem”, e questionou se os católicos são capazes de “algumas explosões de generosidade” ou se refream “os impulsos do coração”, fechando-se “no hábito, no medo”.

Francisco afirmou ainda que a fé não é uma questão de conhecimento, mas “de amor”.

O Papa reforçou também o apelo em favor da paz na Ucrânia, evocando em particular a crise em Mariupol, “idade de Maria, barbaramente bombardeada e destruída”, para a qual pediu a abertura de corredores humanitários.