Arquidiocese de Braga -
2 outubro 2023
Escuteiros da Região de Braga iniciam ano desafiados a trocar os medos pelos sonhos

DM - Jorge Oliveira
Perto de 8 mil escuteiros participaram, em Vila Verde, na Abertura Regional do Ano Escutista (ARAE). Um momento festivo, marcado pela alegria, animação e convívio, em que os escuteiros foram desafios a substituir os medos pelos sonhos.
Foi em ambiente de alegria, convívio e animação que decorreu no sábado, dia 30, em Vila Verde a Abertura Regional do Ano Escutista (ARAE). No centro da vila, durante uma tarde de intenso calor, congregaram-se perto de 8 mil escuteiros provenientes dos nove núcleos da Região de Braga do CNE para assinalar o início do novo ano escutista.
Nesta ARAE, os escuteiros foram incentivados a substituir os medos pelos sonhos conforme desafiou o Papa Francisco num encontro com os jovens universitários na JMJ em Lisboa.
A mensagem serviu de lema para esta primeira atividade marcante dos escuteiros da Região de Braga no ano escutista 2023/24 e foi repetida várias vezes ao longo do encontro.
“Substituí os vossos medos por sonhos. Aquilo que nos faz vencer os medos é a certeza de que nós não estamos sós, Jesus Cristo está connosco”, exortou o Assistente Espiritual da Região de Braga do CNE, o padre Pedro Sousa, na cerimónia de envio.
No palco montado na Praça de Santo António, em frente à Biblioteca Municipal, dois escuteiros começaram por dar as boas-vindas aos escuteiros ali presentes, ao que se seguiram alguns momentos de animação em palco, desde demonstrações de trial por escuteiros à atuação da Tuna Feminina do IPCA.
Terminado este momento os escuteiros participaram em várias jogos e dinâmicas em diferentes espaços da vila, onde tiveram oportunidade de interagir com associações locais como a Academia de Música de Vila Verde, a cooperativa Aliança Artesanal.
Na terra dos lenços de namorados, cada agrupamento “bordou” o seu lenço e na cerimónia de envio foram todos apresentados, formando um todo com a menagem alusiva a esta ARAE.
Além de incentivar os escuteiros a substituírem os medos por sonhos, o padre Pedro Sousa pediu ao CNE que seja uma casa que acolhe a todos, dando forma às palavras do Papa Francisco, “todos, todos, todos”.
Neste início do segundo centenários do CNE é com uma "responsabilidade acrescida" que a Região de Braga, berço do Escutismo, encara este novo ano escutista.
Catarina Miranda, Chefe da Região, referiu que os escuteiros da Região de Braga estão unidos à Arquidiocese no propósito de construir uma Igreja sinodal e samaritana e empenhados em dar seguimento às mensagem e desafios deixados pelo Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude.
“Não nos podemos esquecer que o Escutismo também faz parte da Pastoral e temos que aproveitar o de bom que a JMJ nos trouxe porque nos uniu. Infelizmente, em algumas situações havia alguma fratura entre os grupos de jovens e os escuteiros e a Jornada aproximou-nos para que possamos fazer caminho em conjunto, com todos, todos, todos, como disse o Papa Francisco”, referiu.
Organizada anualmente numa localidade diferente, a Abertura Regional do Ano Escutista é uma atividade que congrega todos os escuteiros dos agrupamentos da Região de Braga, com o objetivo de celebrar em conjunto o início de um novo ano escutista.
A Região de Braga do CNE tem 254 agrupamentos distribuídos pelos 9 Núcleos: Barcelos, Braga, Cego do Maio, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vila Verde.
Acampamento Regional regressa em 2026
A atividade escutista de ontem, no centro de Vila Verde, marcou também o fim do mandato dos órgãos sociais da Região de Braga do CNE.
A nova equipa, eleita no dia 17 de setembro, vai tomar posse no dia 10 de outubro (terça-feira), às 21h30, na Capela Imaculada, no Seminário Menor de Braga.
Catarina Miranda foi reconduzida como Chefe Regional para mais um mandato de três anos, mas a Equipa teve uma renovação substancial e já iniciou um processo de auscultação dentro da região para projetar os próximos três anos.
"Temos uma responsabilidade muito grande. Estamos numa fase de auscultação. O que está definido até ao Natal é ouvirmos a Região, fazermos um processo de auscultação para definirmos o caminho que iremos trilhar, à luz do processo sinodal em curso", disse Catarina Miranda, referindo que os escuteiros estão prontos e também querem "caminhar juntos, fazer caminho em conjunto e de maneira a que todos se sintam confortáveis".
Nos planos desta nova Equipa está também a reedição do Acampamento Regional – ACAREG em 2026, ano em que termina o mandato.
Esta acampamento que junta todos os agrupamentos de escuteiros da Região não se realiza desde 2016. O último foi na ilha do Ermal, em Vieira do Minho.
“Em 2026, após dez anos, queremos voltar a fazê-lo. Estava previsto acontecer em 2020, mas a pandemia impediu que se realizasse e tivemos que prolongar o prazo do ACAREG”, disse Catarina Miranda.
A localização ainda não está definida.
A Região de Braga do CNE é a maior do país e foi onde o CNE nasceu, há um século.
Na organização da ARAE de 2023 a Junta Regional de Braga contou com a colaboração da Junta de Núcleo de Vila Verde e com o apoio da Câmara Municipal de Vila Verde a nível logístico.
A presidente da Câmara, Júlia Fernades, que esteve presente na celebração de abertura, ao início da tarde, e de manhã recebeu o Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, numa sessão protocolar, nos Paços do Concelho, expressou o «orgulho do município» em receber a Abertura Regional do Ano Escutista.
A autarca destacou a "recetividade muito grande" das instituições e associações que proporcionaram "experiências únicas" aos escuteiros.
Esta interação, disse, permitiu também dar a conhecer o património do concelho e os usos e costumes das suas gentes.
"Estamos todos muito felizes por esta vida aqui na sede do concelho e sobretudo no grupo de escuteiros que fez aqui uma atividade extraordinária e que no dia a dia põe em prática o lema 'tornar o mundo melhor do que aquele que encontrámos'", acrescentou Júlia Fernandes.
Na abertura esteve também o arcipreste e pároco de Vila Verde, o padre Carlos Lopes, o Chefe do Núcleo de Vila Verde, António Lemos, entre outros dirigentes.
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