Arquidiocese de Braga -

23 maio 2016

Festival de Cinema em Cannes

Fotografia

Uma verdade inoportuna para caminhar até à perfeição humana!

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O prémio marcante do Festival de Cinema em Cannes foi entregue ao cineasta Ken Loach. Ao final da tarde deste domingo, o galardão de Ouro foi entregue graças ao teor crítico que contempla o filme “I, Daniel Blake”. A peça cinematográfica expõe uma biografia uniformizada, baseada num encontro entre um marceneiro vítima de um enfarte e uma jovem mãe exonerada na sua profissão.

O cineasta britânico foca a sua atenção nos segregados pela sociedade hodierna. Na verdade, ao longo do filme são ponderados elementos concretos, sociais e culturais, acerca de humanos que estatelaram-se em virtude da desfortuna da vida. Profundamente atual, são relembrados trabalhadores, porventura progenitores, em sofrimento, fruto de uma doença ou mesmo de uma civilização discriminatória, sufragada ao dinheiro em detrimento do bem comum.

A situação constrangedora resulta dos processos e mecanismos económicos nas chamadas sociedades progressistas, espaços de superior descriminação. A partir daí, faz-se uma leitura transversal às conjunturas de miséria e injustiça oriundas das visões fraudulentas nas relações humanas e financeiras. Por seu turno, quer-se assim valorizar a fadiga e valentia de todos quanto pugnam pela sua subsistência com condutas coerentes e leais.

 

+ info em: http://www.festival-cannes.com/en/films/i-daniel-blake