Arquidiocese de Braga -
30 março 2016
O perdão purifica o coração e transforma a vida.

Uma reflexão a partir do Salmo 51 como epílogo da Misericórdia veterotestamentária.
“Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa, e purifica-me de meu pecado”. Mais do que um ato de contrição, esta é a ocasião de orar a Deus, meditando sobre os sentimentos, apregoando a palavra de Deus, enfrentando os medos e angústias.
Nas etapas árduas da vida, manifesta-se o anseio pela liberdade e relação humanas. Ao longo da existência, o indivíduo caminha com a necessidade de ser perdoado, liberto do mal, das atrocidades e intempéries mundanas. Fruto de consequências nefastas, oriundas das “quimeras” superficiais, o sujeito ganha consciência do valor que a autonomia exibe nesta vida.
Tal como o salmista, somos interpelados para o reconhecimento da indigência humana, mas cientes da misericórdia do Senhor. Aliás, para Francisco, “Deus é maior que os nossos pecados”. O dom da vida prevalece sobre a falta e culpa, o pecado e a ofensa, o atentado e o delito.
Por isso, “Deus, que nunca nos abandona, ao perdoar, cancela os nossos pecados, faz de nós novas criaturas”. De igual modo, teremos que rezar insistentemente: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto. Quero ensinar teus caminhos aos que erram e a ti voltarão os pecadores”.
“Todo pecador perdoado é chamado a partilhar com cada irmão e irmã que encontra este dom, pois todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. O perdão purifica o coração e transforma a vida”, arribou Francisco.
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