Arquidiocese de Braga -

27 abril 2022

Mensagem recorda impacto da pandemia nos trabalhadores

Fotografia

DACS com LOC/MTC

Mensagem de 1º de Maio do MMTC para o ano de 2022 foi elaborada pelo MTC- Movimento de Trabalhadores Cristãos do Uganda.

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A Mensagem de 1º de Maio do MMTC para o ano de 2022 foi elaborada pelo MTC- Movimento de Trabalhadores Cristãos do Uganda.

Aborda o impacto que o confinamento teve naquele país, devido à Covid-19. Quase dois anos depois, em que sofreu um confinamento de 10 meses, de 1 de Abril de 2020 a Janeiro de 2022 em que se perderam cerca de 700 mil postos de trabalho.

Os trabalhadores emigravam para o Médio Oriente, especialmente para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, apesar dos relatos das más condições de trabalho. O número de migrantes ugandeses diminuiu de 25.363 para 9.026, o que explica a extensão do impacto do confinamento sobre os trabalhadores no Uganda e dá uma ideia a nível global.

A precariedade do trabalho, no contexto de uma crise global como a provocada pela pandemia, exige uma nova visão sobre o bem-estar e a dignidade dos trabalhadores. Em colaboração com o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC), o Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC) - Uganda deseja comemorar o 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores, apelando à melhoria das leis e condições laborais que protejam os trabalhadores, do trabalho precário e das incertezas que afectam a vida social e económica.

"É tempo de pensar naqueles que perderam os seus empregos durante o longo período de confinamento devido à pandemia de Covid-19 e que já não podem «dar-se ao luxo» de comprar bens de primeira necessidade. Tal como o Papa Francisco (Audiência Geral de 12.01.2022), pensamos naqueles que estão desempregados, naqueles que vão bater às portas das fábricas, das empresas, das casas, perguntando se há «alguma coisa» para fazer e obter «nada». Pensamos naqueles que sentem a sua dignidade ferida, porque não conseguem encontrar trabalho e voltam para casa sem nada", afirma a LOC/MTC.

O Movimento recorda ainda que "o que dá dignidade não é só trazer o pão para casa, mas ganhá-lo" e que se as pessoas não têm essa oportunidade, está-se perante uma injustiça social.

"Os governos devem dar a todos a oportunidade de ganhar o seu pão, porque é isto que lhes dá dignidade. O trabalho é um acto de dignidade. Através do seu trabalho, o Homem, normalmente, sustenta-se a si próprio e à sua família", concluem, citando a Gaudium et Spes.