Chama-se “Biblie” o novo desafio que a Sociedade Bíblica, em parceria com o Secretariado Nacional da Educação Cristã, lançam às comunidades educativas de Portugal.

“Há 20 anos fizemos a Bíblia manuscrita, numa edição onde participaram mais de cem mil alunos e que permitiu criar não uma, mas três bíblias e meia. A ideia é agora replicar a ideia, mas, ao invés de recuar 500 anos, para o tempo dos copistas, queremos fazer uma Bíblia digital”, explica ao EDUCRIS Simão Fonseca, da Sociedade Bíblica.

Cada escola, através do professor, pode inscrever-se no site Biblie. Após receber um login, é-lhe disponibilizado um conjunto de trechos bíblicos, a gravar localmente, e no site do Biblie.

“Queremos dar rosto, voz à Palavra, encarná-la e mais do que criarmos um produto comercial, desejamos provocar um movimento à volta da Sagrada Escritura para que as comunidades escolares possam mobilizar-se gravando, em vídeo, numa plataforma que desenvolvemos para o efeito”, desenvolve.

Aproveitando “as sinergias desenvolvidas pela organização, em Portugal, da Jornada Mundial da Juventude”, o Biblie quer trazer ao vídeo e ao áudio a “multiculturalidade e as raízes do próprio país”.

“Vamos poder ver e ouvir, as dezenas de regionalismos que existem de norte a sul nas e ilhas e que vem enriquecer as Sagradas Escrituras. Para além das particularidades dos acentos típicos de cada região vamos ter a oportunidade de ser enriquecidos na diversidade de todos os alunos, de tantas regiões diferentes do mundo, e que trazem um adicional tão positivo a esta narração da Biblia”, completa.

O projeto Biblie está a chegar a todas as escolas de Portugal e quer trazer de volta o texto Bíblico como “referencial da cultura e livro fundador da cultura ocidental”. A proposta é um “convite à revisitação do texto” e vai ao encontro do desafio do Papa Francisco aos jovens para que “leiam a bíblia”, também em formato digital.

O resultado vai ser apresentado em agosto, de forma simbólica, ao Papa, nas JMJ Lisboa 2023, com a entrega desta nova versão da Bíblia lida na diversidade dos “quatro cantos do país”.