Arquidiocese de Braga -

11 fevereiro 2015

Santuário de S. Bento da Porta Aberta elevado a Basílica a 21 de Março

Fotografia Flávia Barbosa / DM

D. Jorge Ortiga confirmou que o Santuário de S. Bento da Porta Aberta será elevado à categoria de Basílica Menor, no próximo dia 21 de Março, num ano em que se celebram os 400 anos da fundação do Santuário.

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O Santuário de S. Bento da Porta Aberta será elevado à categoria de Basílica Menor no próximo dia 21 de março, confirmou o Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, ao Diário do Minho. A declaração solene da promulgação do título acontece no dia em que se assinala a morte de S. Bento.

O facto de o santuário constituir um “centro de espiritualidade”, ao qual acorrem milhares de peregrinos devotos a S. Bento todos os anos, foi um dos motivos que mais pesaram na decisão tomada pela Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, avançou o prelado. Também as exigências arquitetónicas indispensáveis para a elevação se mostraram reunidas.

O Santuário merece este título não apenas pela sua história, mas também por toda a devoção a S. Bento, agora confirmada pela Santa Sé. Este é também um duplo desafio para o futuro», salienta D. Jorge Ortiga. 
No ano em que se celebram os 400 anos da fundação do Santuário, também o dom da Indulgência Plenária foi atribuído pela Penitenciaria Apostólica, adiantou o Arcebispo de Braga, apontando que o decreto é válido para todos os dias deste ano jubilar e, durante os próximos sete anos, para as principais festas e ocasiões de peregrinação.

Amanhã, 11 de fevereiro, Dia Mundial do Doente, às 10h30, D. Jorge Ortiga irá comunicar no Santuário de S. Bento da Porta Aberta a Benção Papal, juntamente com o dom da indulgência plenária, a todos os fiéis que participem nos ritos sagrados e que reúnam as condições habituais para recebê-la.

O Arcebispo Primaz manifestou «grande alegria» pela concessão do título e sublinhou que embora a elevação se prenda muito com o passado do santuário, constitui também um compromisso para o futuro. «O Santuário merece este título não apenas pela sua história, mas também por toda a devoção a S. Bento, agora confirmada pela Santa Sé. Este é também um duplo desafio para o futuro: espera-se que a devoção se torne mais renovadora da própria Igreja e que o Santuário seja, ele próprio, como que uma proclamação do Evangelho, com uma pastoral mais consistente, mais sólida e, porventura, mais interpelativa», afirmou o prelado.

D. Jorge Ortiga adiantou ainda que esta concessão é uma «grande responsabilidade» para o santuário na linha do acolhimento dos peregrinos, sobretudo em relação aos que apresentam mais «debilidades e fraquezas».

Existem dois tipos de basílicas: as maiores, constituídas pelas basílicas papais, que são quatro, e as menores, onde se inscreve agora o Santuário de S. Bento.


As indulgências

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, “as indulgências são a remissão diante de Deus da pena temporal devida aos pecados, já perdoados quanto à culpa, que, em determinadas condições, o fiel adquire para si ou para os defuntos mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos”. As indulgências são parciais ou plenárias, consoante libertam parcialmente ou na totalidade da pena temporal devida ao pecado. Para receber a indulgência plenária, os fiéis têm que se confessar, comungar na eucaristia e rezar pelas intenções do Santo Padre.

No caso do Santuário de S. Bento, o dom da indulgência plenária foi concedido para todos os dias deste ano jubilar e para as principais festividades do próximo septénio, a saber: 11 de fevereiro: Dia Mundial do Doente e peregrinação Arquidiocesana dos doentes ao Santuário; 20 e 21 de março: morte de S. Bento em Montecassino; 29 de junho: data da provisão da licença para celebrar Eucaristia na Ermida; 10 e 11 de julho: dia da Festa de S. Bento, Padroeiro da Europa; 10 a 15 de agosto: grande peregrinação a S. Bento da Porta Aberta.

A estas datas juntam-se ainda todas as vezes que os fiéis tenham participado individualmente ou em grupo na peregrinação sagrada ao próprio Santuário.