Arquidiocese de Braga -

14 abril 2014

JOVENS DEVEM COLOCAR SOLIDARIEDADE NO CORAÇÃO DA CULTURA HUMANA

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O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, exortou ontem os jovens a não se conformarem «com o cinzentismo da crise» e a abraçarem a luta contra «a mais preocupante das pobrezas», batendo-se por «colocar a solidariedade no “coração” da cultura humana». O prelad

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O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, exortou ontem os jovens a não se conformarem «com o cinzentismo da crise» e a abraçarem a luta contra «a mais preocupante das pobrezas», batendo-se por «colocar a solidariedade no “coração” da cultura humana».

«Estamos num mundo de egoísmos, de crise de valores e de hedonismos momentâneos. É necessário ir para além dessas ofertas de baixo preço que hoje se fazem e colocar a solidariedade no centro da cultura humana», sublinhou o D. Jorge Ortiga. O prelado bracarense, que falava na eucaristia que encerrou a Jornada da Juventudade com que a Arquidiocese se associou ao Dia Mundial da Juventude, advertiu que «a crise atual é muito mais que uma crise económica e social», pelo que «não basta queixarmo-nos da corrupção e da distribuição injusta da riqueza por muito poucos».

Embora exortando a juventude a «não aceitar que sejam tão poucas pessoas a mandar no mundo», o também responsável pela área social da Conferência Episcopal Portuguesa deixou claro que não basta ficar pela contestação às políticas sociais e económicas. «Hoje é necessário construir um mundo mais humano e mais fraterno», continuou D. Jorge Ortiga, apontando para a necessidade de «uma especial atenção para os mais pobres, sobretudo os jovens». 

Advertindo que esse objetivo só será alcançando se os jovens interiorizarem o conceito bíblico de pobreza, o prelado fez saber que «os problemas e as preocupações para com o futuro desaparecem com a colocação da solidariedade no centro da cultura».

Seguindo de perto a ideia que o Papa Francisco sugeriu aos jovens de todo o mundo, o Arcebispo de Braga vincou que «temos que ser pobres de tudo para podermos ser ricos em Cristo». Conforme sublinhou, é essa riqueza que torna possível que os jovens manifestem «total confiança em Cristo» e que os faz descobrir que «só com Cristo se é capaz de melhorar os muitos problemas do dia-a-dia».

Assumindo por inteiro o lema que os próprios jovens escolheram para a Jornada da Juventiude da Arquidiocese de Braga - “N’Ele me basto” -, D. Jorge Ortiga não escondeu que «gostava de ver em cada uma das 551 paróquias da Arquidiocese um grupo de jovens empenhados em levar Cristo aos outros», como teve oportunidade de constatar, no encontro realizado em Casbeceiras de Basto e que registou a adsesão de meio  milhar de jovens de diferentes Arciprestados.

Pensar o futuro da Igreja

Meio milhar de jovens da maioria dos Arciprestados da Arquidiocese de Braga juntaram-se ontem em Cabeceiras de Basto para celebrar o Dia da Juventude da Arquidiocese de Braga, que concidiu com o Dia Mundial da Juventude. Tendo como tema de fundo o lema “N’ Ele me basto”, os participantes conjugaram momentos de lazer com espaços de reflexão sobre o papel da juventude na construção da Igreja Católica. 

Do vasto programa que animou o município de Cabeceiras constaram também iniciativas orientadas para o auto-conhecimento, disse o coordenador do Dia da Juventude, Alberto Gonçalves, acrescentando que os jovens tiveram aiknda acesso a iniciativas de caráter cultural que possibilitaram o conhecimento da história e dos valores do Arciprestado anfitrião da jornada.

«Houve também vários momentos em que os jovens puderam refletir sobre o seu papel na Igreja», precisou Alberto Gonçalves, fazendo saber que as questões sociais e económicos que afetam a juventude «ficaram, propositadamente de fora da reflexão de ontem». A opção foi motivada pela intenção de «abstrair os participantes» dos problemas quotidianos, mas também justificada no facto de estar a ser preparada uma jornada de reflexão que será centrada nos problemas gerados pela cris que o país atravessa. «Esse encontro vai decorrer entre maio e junho e será realizado conjuntamente com o Corpo Nacional de Escutas», precisou o responsável pela Pastoral Juventil da Arquidiocese de Braga, antecipand que matérias como o emprego, empreendedorismo e imigração vão estar em cima da mesa. Sobre a reflexão ontem realizida, Alberto Gonçalves sublinhou que ela foi girou em torno da questão se os os jovens quererem ou não estar na Igreja. A resposta de meio milhar foi esclarecedora.

DM, 14 de Abril de 2014