Arquidiocese de Braga -

19 maio 2014

PENASCAIS APRESENTA IMAGEM DE FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES

Fotografia

A paróquia de Santa Marinha de Penascais, arciprestado de Vila Verde, apresentou ontem, às 10h00, a imagem do Beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires, como forma da comunidade se associar à celebração dos 500 anos do nascimentos daquela figura da Igreja de

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A paróquia de Santa Marinha de Penascais, arciprestado de Vila Verde, apresentou ontem, às 10h00, a imagem do Beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires, como forma da comunidade se associar à celebração dos 500 anos do nascimentos daquela figura da Igreja de Braga e incluindo na mesma ocasião o 94º aniversário do nascimento do Papa S. João Paulo II.

Esta imagem do beato é «a primeira, original desta série», refere o pároco, padre Joaquim Filipe Antunes, em nota enviada ao Diário do Minho.

Esta apresentação ocorrerá no mesmo dia que o então Arcebispo de Braga, D. Frei Bartolomeu dos Mártires chegava a Trento (1561). A nova imagem será colocada na paróquia de Penascais, que venera Santa Marinha no mesmo dia do santo, 18 de julho.

O pároco, a comissão de festas que ofereceu a imagem, e a comunidade convidam todos a partilhar a sua alegria com este passo que poderá «promover graças e fé, sendo o Beato advogado nas doenças cancerígenas», indica o pároco.

D. Frei Bartolomeu Fernandes dos Mártires  foi escolhido como prelado relator no Concílio de Trento (1561-1563) enquanto Arcebispo de Braga (1559-1581). Além da sua ciência teológica - preparou um catecismo para o povo intitulado “Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais” - pela sua caridade era chamado “pai dos pobres e dos enfermos”, “arcebispo santo”, “o santinho”, entre outros. 

A sua pobreza e humildade manifestavam-se na simplicidade da sua vida: percorreu a diocese inteira de sandálias e cavalgando uma mula como o Bom Pastor, nunca deixando de ser “arcebispo” vestindo sempre o “pálio” episcopal, uma espécie de colarinho de lã branca com que expressava a sua unidade com o sucessor de Pedro, e a carga do seu rebanho.

«A nova imagem, um pouco diferente daquela mais conhecida, leva como báculo uma cópia idêntica da cruz que o santo arcebispo costumava levar consigo pela Diocese e ainda guardada na cela onde morreu em Viana do Castelo, onde se encontra na exposição comemorativa do ano jubilar», refere o padre Joaquim Filipe Antunes, na mesma nota.

«O Beato, entre vários símbolos do seu episcopado, traz o que amava repetir: “ardere et lúcere” (arder e iluminar), “nolite conformari huic sæculo” (não se conformar com a mentalidade deste mundo). Mensagens sem dúvida essenciais nos nossos dias», sublinha o pároco de Penascais.

Terra que acolhe a sepultura do Beato, «a Diocese de Viana do Castelo vive com alegria o centenário», assegura o sacerdote. Foi na ocorrência do aniversário, e perante o «povo curioso e entusiasta», que foi benzida a nova imagem em frente ao túmulo que conserva os restos mortais do Beato na igreja dominicana por ele fundada. 

DM, 18 de Maio de 2014