Arquidiocese de Braga -
8 abril 2015
Valor histórico e artístico eleva Tibães a Monumento Nacional

Mosteiro é "monumento vivo em plena fruição pela sociedade".
A importância histórica e a singularidade artística do Mosteiro de Tibães, em Braga, estão na origem da proposta que defende a sua passagem a Monumento Nacional. O processo de classificação arrancou ontem, com a publicação em Diário da República. A decisão foi tomada pelo Conselho de Ministros, após a Assembleia da República ter aprovado uma Resolução que recomenda ao Governo que eleve o monumento bracarense a património nacional. Na proposta de requalificação, a Direção Regional de Cultura do Norte afirma que a “casa-mãe” dos beneditinos portugueses é o "melhor exemplo de um monumento vivo e em plena fruição pela sociedade".
A publicação dá conta que a proposta de classificação abarca todo o complexo, incluindo a cerca. E pretende ainda a "redenominação" de todo o conjunto para “Mosteiro de Tibães”.
Até agora, apenas o Cruzeiro do Terreiro é considerado Monumento Nacional, sendo a igreja, o mosteiro, as fontes e as construções arquitetónicas da quinta do complexo de Tibães considerados Imóvel de Interesse Público, distinção obtida a 27 de março de 1944.
Apontado pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) como "[talvez] o melhor exemplo de um monumento vivo e em plena fruição pela sociedade", a passagem do Mosteiro de Tibães a Monumento Nacional é fundamentada "no interesse arquitetónico, arqueológico, artístico e paisagístico, enquanto exemplar notável de uma unidade monástica cisterciense", sublinha a proposta de reclassificação.
O documento aponta também "o interesse histórico e científico» do Mosteiro, considerando-o um «documento e suporte de memória de grande influência da Congregação Beneditina no percurso histórico nacional". Também o "interesse sociocultural" da casa beneditina é invocado para a atribuição da dignidade nacional, apontando a DRCN para a "importância que [o mosteiro] possui enquanto polo cultural" e para a sua "exemplaridade" como "projeto de valorização".
A "integridade e autenticidade que patenteia" e a "exemplaridade do processo de restauro" a que foi sujeito são outros argumentos que justificam a proposta de reclassificação do Mosteiro de Tibães como Monumento Nacional.
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