Arquidiocese de Braga -
27 julho 2015
Balasar procura escritos particulares de Alexandrina
Responsáveis pela causa da beata querem consultar documentos que ainda possam estar a circular para procederem à sua divulgação.
Conhecida como a “Santinha de Balasar”, Alexandrina foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 25 de Abril de 2004. A cura milagrosa de uma devota emigrada em França serviu para concluir o seu processo de beatificação.
Ao longo dos anos, e tendo também em vista a canonização da beata, os responsáveis pela causa de Alexandrina têm procurado reunir as suas obras para posterior publicação científica. Cientes de que alguns textos possam ainda estar a circular entre particulares, apelam a quem tiver acesso a qualquer tipo de escrito – fotocopiado, digitalizado, manuscrito, dactilografado ou outro outro qualquer formato – que entre em contacto com o responsável da comissão.
Poderá fazê-lo através do e-mail [email protected] ou, em alternativa, para a seguinte morada: Rua Alexandrina Maria da Costa, 21, 4570-017 Balasar PVZ.
Os responsáveis não pretendem adquirir os textos, mas apenas consultá-los e, eventualmente, copiar ou fotografar os mesmos.
Alexandrina Maria da Costa nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, no dia 30 de Março de 1904. Fez a primeira comunhão na terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento do Crisma pelo Bispo do Porto.
Aos 14 anos, na sequência de uma queda, a sua mobilidade ficou drasticamente reduzida. Até aos 19 conseguiu ainda arrastar-se até à igreja, mas o avanço da paralisia fez com que, em 1925, ficasse definitivamente imóvel, confinada a uma cama. Ali haveria de passar os restantes 30 anos da sua vida.
Até 1928 não deixou de pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, com a promessa de que partiria para as missões. Depois compreendeu que a sua vocação era o sofrimento.
De 03 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942 – isto é, por 182 vezes – viveu, em todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão: superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos momentos da Via Crucis.
Em 1936 pediu ao Santo Padre a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. O pedido foi renovado várias vezes, até que no dia 31 de Outubro de 1942, Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria com uma mensagem transmitida de Fátima. Esta acção foi repetida em Roma, na Basílica de São Pedro, no dia 8 de Dezembro do mesmo ano.
Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. |
No dia 12 de Outubro de 1955, Alexandrina quis receber a unção dos enfermos. No dia seguinte, aniversário da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céu”. Às 19h30 faleceu.
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