Arquidiocese de Braga -
10 setembro 2015
São Geraldo

Eleito Bispo de Braga em 1096, governou a diocese durante doze anos, até 1108. Procurou desenvolver o nível cultural, religioso e moral da população. Dedicou-se à reconstrução da cidade, reerguendo-a das ruínas acumuladas em séculos de devastações.
O Bispo de Toledo, Bernardo, também da Ordem de Cluny, levou-o para a sua Catedral para aí exercer as funções de mestre e de cantor.
Eleito Bispo de Braga em 1096, governou a diocese durante doze anos, até 1108. Procurou desenvolver o nível cultural, religioso e moral da população. Dedicou-se à reconstrução da cidade, reerguendo-a das ruínas acumuladas em séculos de devastações. Deu decisivo impulso à construção da Catedral, então a meio, embora já inaugurada. Procurou reorganizar o sistema paroquial nas zonas rurais, com o clero devidamente preparado, sobretudo na Escola da Sé a cargo do Cabido, a que deu novo impulso. Reorganizou a diocese. Promoveu a vida monástica. Deu novo incremento à Liturgia e à Pastoral.
Lutou pela restituição à Igreja de Braga da dignidade de ser Metrópole da Província da Galiza, para o que fez duas viagens a Roma. Recebeu do Papa Pascoal II, em 1103, o Pálio de Arcebispo Metropolita. Como capital de província eclesiástica (metrópole), Braga passou a ter como sufragâneas as dioceses do Porto, Viseu, Lamego, Coimbra, Lugo, Mondonhedo, Pontevedra, Ourense e Astorga.
Na restituição da dignidade de Metropolita à diocese de Braga, S. Geraldo arredou as ambições hegemónicas de Santiago de Compostela. Em consequência disso no ano de 1102 aconteceu o chamado Pio Latrocínio. D. Diogo Gelmirez e o seu séquito furtaram, durante a noite, das principais igrejas as relíquias mais veneradas de Braga: S. Vítor, Santa Susana, S. Cucufate, S. Silvestre e S. Frutuoso.
As relíquias de S. Frutuoso foram devolvidas à Arquidiocese de Braga em Fevereiro de 1966.
S. Geraldo era muito próximo do Conde D. Henrique e de sua mulher Dona Teresa e poderá ter sido quem baptizou D. Afonso Henriques, embora não haja documentos que o provem.
Faleceu em Bornes, Vila Pouca de Aguiar, durante uma visita pastoral, a 05 de Dezembro de 1108. Trazido para Braga, o corpo foi sepultado na capela que edificara em honra de S. Nicolau, junto da Sé, num sepulcro transportado do Mosteiro de Tibães. A capela foi remodelada no século XVIII por ordem de D. Rodrigo de Moura Teles, que lhe acrescentou o retábulo em talha dourada e os painéis de azulejos, de António Oliveira Bernardes, que relatam a vida de S. Geraldo.
No ano de 1182, S. Geraldo já aparece mencionado como padroeiro da Arquidiocese. Desde 1985 é apenas padroeiro da cidade de Braga e S. Martinho de Dume é o padroeiro da Arquidiocese.
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