Arquidiocese de Braga -

25 novembro 2015

"Caro Papa Francisco, escrevo-te..."

Fotografia

DACS

"Papa Francisco, mandas-me uma fotografia tua para eu pendurar onde durmo e assim poder dizer que também tenho um papá?"

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Algumas das milhares de cartas escritas por crianças de todo o mundo ao Papa Francisco já se encontram disponíveis em livro. "Cartinhas a Francisco" (Letterine a Francesco) é uma antologia compilada por Alessandra Buzzetti, jornalista correspondente no Vaticano, para a editora Gallucci.

"As crianças são assim: riem e choram, duas coisas que normalmente, nós, «grandes», já não somos capazes de fazer", escreveu o Papa Francisco logo no início do livro, referindo-se aos "sorrisos e lágrimas" que os mais novos também são capazes de provocar.

Alessandra Buzzetti descreveu a experiência de leitura como "bela e comovente" e confessou-se surpreendida pela forma como as crianças "aproveitam o coração da mensagem de Francisco". 

O livro contém missivas de crianças oriundas de todos os continentes, incluindo de crianças não cristãs.

 
 

"Caro Papa Francisco, escrevo-te..."


"Na minha opinião, é muito correcto um Papa desistir de jóias e roupas, porque a Igreja nestes séculos tem sido rica demais. Quando uma pessoa é demasiado rica só pensa em dinheiro e não pensa em servir a Deus." (Viola, Sicília)

 

"A principal razão para a minha carta é aquilo que senti pelo casal cristão queimado até a morte. Estou muito triste por eles e peço desculpas. Por favor perdoa-me a mim e ao Paquistão." (Aziz, Paquistão)

 

"O Papa, para mim, é único e especial, ama adultos e crianças e qualquer animal. É sempre alegre e sorridente, e é muito amado pelo povo. Ele é generoso e bom e tem muitas outras qualidades, ama a paz e verdade. Para ele, a riqueza é como a pobreza , nada vale mais para ele do que a honestidade." (Gabriella, Salerno)

 

“O meu grande desejo é ver a Senhora. Como achas que devo fazer para vê-la?” (Lucia, Piemonte)

 

“Tu disseste que os meninos não devem ser castigados, mas a minha mãe não te quer ouvir.”  (Barbara, Génova)

 

“Deves torcer pela Roma e não por nenhuma outra equipa, sobretudo nem a Lazio, nem a Juventus." (Marcello)

 

“A minha mãe casou-se, mas depois divorciou-se do meu pai. Ao Domingo, vamos à missa mas ela não pode receber o corpo de Jesus. Eu peço-te um grande presente, aquele de conceder à minha mãe e a todos os pais divorciados a alegria de receber a eucaristia. No próximo ano farei a primeira comunhão e gostaria tanto e de fazê-la com os meus pais." (Manuela) 

 

“À noite, quando o meu pai chega do trabalho não percebo porque é que grita com a minha mãe e acabam sempre a discutir e eu vou para o meu quarto a chorar tanto. Sou super sensível. A minha vida não é bela. Queria ser uma pessoa simpática, sempre a sorrir e ser forte nos momentos de sofrimento." (Giulia, Sicillia)