Arquidiocese de Braga -
4 junho 2016
Pontífice recordou que Deus e as pessoas são os dois polos do ministério sacerdotal
\nPara onde se dirige o ponteiro da bússola de um coração sacerdotal? Foi «a questão fundamental» levantada por Francisco aos milhares de sacerdotes e
seminaristas que – após a jornada jubilar
dividida em três meditações papais nas basílicas de São João de Latrão,
Santa Maria Maior e São Paulo fora dos Muros – participaram na missa na praça
de São Pedro na manhã de sexta-feira, 3 de junho, solenidade do sagrado
Coração. Trata-se – explicou o
Pontífice na homilia – de uma «pergunta que nós sacerdotes deveríamos fazer a
nós mesmos muitas vezes: para onde está
orientado o meu coração?». Com efeito, no meio de mil atividades com as quais
frequentemente se enche o dia de um sacerdote é essencial manter firmes as
«duas direções» rumo às quais se deve convergir «o coração do pastor»: o Senhor
e as pessoas. De resto, o coração do
sacerdote não é «volúvel» que «se deixa atrair pela sugestão do momento ou
que vai aqui e ali em busca de
consensos». Ao contrário, é «um coração firme no Senhor, aberto e disponível
aos irmãos». Ao descrever os seus
traços o Papa falou de um coração em
busca, que não se deixa «assustar pelos riscos» e «sem temor se aventura fora do redil e dos horários de trabalho» a fim de
«encontrar a «ovelha tresmalhada». O sacerdote imaginado por Francisco «não se
faz pagar as horas extras» nem «privatiza os tempos e os espaços», nem sequer é
«ciumento da sua tranquilidade legítima», e
nem sequer «defende as próprias comodidades» e « o seu bom nome». Sem
temer críticas, «está pronto para correr riscos» e não se deixa deter por desilusões e dificuldades. Mais que a um
«contabilista do espírito» ou a um «inspetor do rebanho» se assemelha a um «bom
Samaritano» que «deixa as portas abertas» a todos. E como todo bom cristão
«está sempre em saída de si mesmo». Não despreza ninguém mas «para todos está pronto a sujar as mãos».
Rejeita «os mexericos, os julgamentos e os venenos» e «com paciência acompanha os passos das pessoas». Em síntese,
é «um homem que sabe incluir» porque «é feliz
de ser um canal de misericórdia» entre Deus e os outros. Homilia do Papa ...
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