Arquidiocese de Braga -
23 setembro 2016
Profissionalismo e respeito: uma receita de comunicação
DACS com DM
Responsáveis diocesanos pelas comunicações estão reunidos desde ontem em Fátima para pensar a Comunicação da Igreja em Portugal.
Começaram ontem as Jornadas de Comunicação Social, este ano com o título “Pensar a Comunicação da Igreja em Portugal”, na Domus Carmeli, em Fátima.
Fugindo um pouco àquele que tem sido o esquema habitual das jornadas, este ano foi a vez de os especialistas da “casa", nomeadamente os responsáveis diocesanos pelas comunicações, darem o seu contributo e testemunho sobre o panorama comunicacional das suas respectivas dioceses.
Estas Jornadas acontecem depois de uma visita realizada pelo Director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), Pe. Américo Aguiar, ter realizado uma visita a todas as dioceses de forma a perceber as problemáticas, potencialidades e especificidades de cada uma.
Tal como já era expectável – e dado que cada diocese tem a sua realidade muito específica – houve testesmunhos muito díspares. No entanto, a opinião da maioria dos responsáveis convergiu em determinados pontos, como foi o caso da absoluta necessidade de profissionalismo.
Formar ou apostar em pessoas profissionalizadas, que dominam a área, tem-se revelado uma aposta eficaz para a comunicação diocesana e nacional, evitando, como foi dito, que esta caia na “carolice”. “Não pode haver amadorismo na comunicação”, sublinhou o padre Nuno Rosário Fernandes, responsável pelo secretariado diocesano de comunicação do Patriarcado de Lisboa e director do jornal “A Voz da Verdade”.
A proximidade e respeito com os jornalistas e respectivo trabalho foi outro aspecto amplamente debatido. Deve haver uma aproximação do gabinetes diocesanos aos órgaõs de imprensa, sejam eles de inspiração cristã ou laicos. Promover o convívio e dar a conhecer a Igreja tal como ela é pode evitar que haja apenas aproximação em situações de crise.
Mas não foi apenas em relação ao trabalho jornalístico que a proximidade foi tida como factor decisivo. A proximidade deve transformar-se em inter-ajuda no que toca ao trabalho das várias dioceses para que haja um estreitar de sinergias que leve não só a uma comunicação mais eficaz e coesa, que traduza o pensamento da Igreja em geral, mas que ajude também as dioceses mais pequenas a conseguir comunicar.
A propósito destas últimas, foi também apontada a falta de meios – humanos e técnicos – que muitas vezes impede os secretariados locais de levarem a cabo acções comunicativas.
Braga pede respeito e formação
O Pe. Paulo Terroso, Director do Departamento para as Comunicações Sociais, foi um dos responsáveis que mais insistiu no respeito para com o trabalho dos jornalistas. Para além disso, insistiu também na preparação e formação de agentes pastorais através da promoção de centros de estudos diocesanos que ensinem comunicação “em articulação com faculdades, escolas superiores ou institutos”.
Hoje, a incarnação do Evangelho exige a mesma criatividade e empenho de sempre, de modo a traduzi-lo numa linguagem adaptada à nossa cultura multimédia.
Pe. Paulo Terroso
Apoiando-se em diversos documentos da Igreja, como o decreto conciliar Inter Mirifica, sublinhou que “a primeira tarefa dos secretariados é a de preparar moral, técnica e culturalmente os leigos, multiplicando escolas, faculdades, institutos.”
Colaborar na formação dos fiéis, na oferta de recursos às famílias, fazer avaliações de filmes, espectáculos e livros e celebrar apropriadamente o Dia Mundial das Comunicações Sociais foram outras sugestões dadas pelo responsável.
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