Arquidiocese de Braga -

17 outubro 2016

Fé Contemplada

Fotografia

DACS

Programação para o Ano Pastoral 2016/17, ano mariano dedicado à Fé Contemplada, já se encontra disponível.

\n

Cinco anos de caminhada pastoral! A fé como ponto de partida e como meta! Ao concluir este itinerário propomos a redescoberta da nossa identidade cristã (Plano Pastoral 2012/17) com Maria. Fazêmo-lo assumindo a celebração nacional do Centenário das Aparições em Fátima (1917-2017) na perspetiva da fé contemplada.

Maria, primeira discípula missionária, convidada para participar ativamente na História da Salvação, abre a sua vida à presença de Deus.

A sua mais profunda identidade é dom de Deus («cheia de graça»), mas sem a sua abertura a esse dom, Deus nada poderia fazer na sua vida. «Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação» (Bento XVI, Carta Apostólica com a qual se proclama o Ano da Fé — «A Porta da Fé», 13). Por isso, podemos (com Isabel) repetir ao longo deste ano pastoral: «Feliz de ti que acreditaste» (Lucas 1, 45).

As palavras de Isabel dirigidas a Maria — palavras de acolhimento, de afeto, de benção, de louvor, de fé — constituem o primeiro diálogo entre dois seres humanos descrito pelo evangelho segundo Lucas. Neste diálogo, o evangelista antecipa o mistério essencial da fé: «Bendita… bendito… alegria… Feliz de ti que acreditaste...».

«Aquela que Isabel recebe na sua casa é a Virgem, que ‘acreditou’ no anúncio do Anjo e respondeu com fé, aceitando de modo intrépido o desígnio de Deus para a sua vida e acolhendo desta forma a Palavra eterna do Altíssimo. [...] Ao saudá-la, Isabel exclama: ‘Feliz de ti que acreditaste [...]’ (Lucas 1, 45). Maria verdadeiramente acreditou que ‘a Deus nada é impossível’ (Lucas 1, 37) e, fortalecida por esta confiança, deixou-se guiar pelo Espírito Santo na obediência quotidiana aos seus desígnios. Como não desejar, para a nossa vida, o mesmo abandono confiante? Como poderíamos eximir-nos daquela bem-aventurança, que nasce de uma familiaridade tão íntima e profunda com Jesus?» (Bento XVI, 31 de maio de 2011).