Arquidiocese de Braga -

9 maio 2019

Pe. Mário Martins é o novo doutorado da Arquidiocese de Braga

Fotografia

DACS com Pastoral Vocacional

Director do Seminário de Nossa Senhora da Conceição defendeu tese esta Terça-Feira na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

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O Pe. Mário Martins, director do Seminário de Nossa Senhora da Conceição e coordenador do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Vocacional, defendeu nesta Terça-Feira, dia 7 de Maio, a sua tese de doutoramento em Direito Canónico na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. O júri elogiou o estudo realizado pelo sacerdote bracarense, considerando-o um excelente trabalho. 

Com o título “A visita pastoral canónica do bispo à diocese, uma expressão da sinodalidade eclesial”, o Pe. Mário Martins reflecte sobre a visita pastoral do bispo não apenas do ponto de vista histórico-jurídico, mas também da abordagem de um instrumento fundamental de governo pastoral do bispo como expressão concreta da sinodalidade da Igreja.

O Pe. Mário procura, assim, mostrar em que medida a visita pastoral do bispo à diocese, fortemente marcada pela renovação impulsionada pelo Concílio Vaticano II, permite à Igreja concretizar a vivência de uma experiência sinodal profunda, transversal e “total”,  expressando, desta forma, as diversas dimensões e níveis da vida eclesial da diocese e de cada comunidade. São três os níveis que, nos vários momentos da sua preparação, desenvolvimento e continuidade, procura evidenciar: humano, espiritual e eclesial.

O autor do estudo afirma que a visita pastoral, ainda que se realize localmente em cada comunidade, deve assumir sempre um dinamismo diocesano – isto é, espelhar a vida diocesana, qualquer que seja a realidade, contexto e modalidade em que se realize. Contudo, deve acentuar "certos conteúdos de alcance supraparoquial", relativos sobretudo a determinados sectores da vida pastoral do arciprestado.

Deste modo, a visita deixa de ser um momento isolado, um acontecimento particular e fechado e aparece com o “respiro” de uma Igreja diocesana inserida num "movimento de circularidade entre o bispo e sua populi Dei portio", presente nos diversos arciprestados e respectivas comunidades que os compõem.

Nesta linha, defende o Pe. Mário, não há “visitas pastorais”, mas “visita pastoral”, a visita vista como um todo, embora com acentuações e localizações diferenciadas. 

De acordo com a tese, só a partir desta perspectiva unitária da visita e, consequentemente, das orientações propostas pelo próprio bispo no final da visita, fruto do contributo de todos, será possível determinar um projecto pastoral para os anos seguintes, isto é, um projecto mais assertivo, proposto a partir de normas e linhas pastorais orientadoras da própria diocese, sendo depois comunicado aos arciprestados e adequado às diferentes realidades locais, numa base comum que permita concretizações diferenciadas e ajustadas a cada situação.