Arquidiocese de Braga -

2 setembro 2019

Papa nomeia D. Tolentino Mendonça como cardeal

Fotografia Miguel A. Lopes/Lusa

DACS com RR/Agência Ecclesia

O arcebispo madeirense torna-se o sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no actual pontificado.

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O arcebispo português D. José Tolentino Mendonça, bibliotecário e arquivista da Santa Sé, será feito cardeal no dia 5 de Outubro, anunciou este Domingo o Papa Francisco, após a recitação do Angelus.

O nome de D. José Tolentino Mendonça foi o segundo a ser anunciado, numa lista que inclui colaboradores directos do Papa e responsáveis de várias dioceses do mundo. O consistório para a criação de 13 novos cardeais (10 eleitores) está marcado para 5 de Outubro, no Vaticano.

O arcebispo madeirense torna-se o sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no actual pontificado. Passa também a ser o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício, logo após D. Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52 anos.

O novo cardeal português junta-se assim a D. José Saraiva Martins, D. Manuel Monteiro de Castro, D. Manuel Clemente e D. António Marto no Colégio Cardinalício.

D. Tolentino Mendonça é, além de arcebispo, poeta, ensaísta e tradutor e foi vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, até à sua nomeação episcopal em 26 de Junho de 2018.

Doutorado em Teologia Bíblica, nasceu em Machico, em 1965, e foi ordenado padre em 1990. Em 2015, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem de Sant’lago da Espada pelo então Presidente da República Cavaco Silva.

Em 2018, orientou o retiro quaresmal que o Papa Francisco cumpriu em Ariccia, nos arredores de Roma. Foi ordenado arcebispo a 28 de Julho de 2018. Começou a exercer funções como arquivista e bibliotecário da Santa Sé em Setembro do mesmo ano.

Na sua ordenação como arcebispo, Tolentino Mendonça assegurou que continuará a ser padre e escritor, mas irá também “preservar aquele repositório, que é um grande tesouro da igreja e da humanidade, e ao mesmo tempo pô-lo a dialogar com a contemporaneidade”, afirmou na altura.

O Colégio Cardinalício conta actualmente com 118 eleitores (57 dos quais criados por Francisco) e 97 cardeais com mais de 80 anos, os quais não têm direito a voto num eventual Conclave para eleição de um novo Papa.

Dos cardeais eleitores, 50 são da Europa, 33 da América, 31 da África e Ásia, quatro da Oceânia.

Portugal teve até hoje com 45 cardeais, a começar pelo chamado Mestre Gil, escolhido pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).